Elisabete Matos,
hoje, San Carlo, de Nápoles
Foi em 2006 que os bilhetes de Elisabete Matos para o Festival de Bayreuth eram, precisamente, ao meu lado, circunstância facilmente explicável por sermos ambos membros do Círculo Richard Wagner. Naturalmente, ao fim de alguns dias, depois de tantos e excelentes momentos de boa conversa, no contexto de tão propícia vizinhança, tonámo-nos bons companheiros da aventura wagneriana daquele Verão.
É curioso que assistimos a uma récita de 'Der Fliegende Holländer' em que a 'Senta' esteve a cargo de uma Adrienne Dugger, tão fraca, coitada, que metia dó. Lembro-me perfeitamente de a Elisabete partilhar comigo a opinião de ser inadmissível que Bayreuth acolhesse alguém tão falha de qualidade, tão incapaz de assumir a dramaticidade de uma personagem tão complexa.
A encenação, de Claus Guth, era deveras eficaz, linear, muito operacional, na sábia partilha de um espaço cénico claramente definido em todas as dimensões. A direcção musical de Marc Albrecht foi muito segura. Também foi naquele ano de 2006 que, além do 'Ring' de Thielemann/Tankred Dorst, do 'Parsifal' de Adam Fischer/Christoph Schlingensief, ainda tivemos 'Tristan und Isolde' de Peter Schneider/Christoph Marthaler, com Robert Dean Smith em Tristan e a Nina Stemme na ‘Isolde’.
Num dos anos seguintes, assisti a mais uma récita por ela protagonizada numa interpretação acerca da qual aqui ontem me referi [num texto subordinado ao título 'Comparando...' com três ilustrações musicais] apenas como muito correcta mas, nunca me arrebatando, nada que se comparasse ao que tive o privilégio de experimentar perante as prestações, por exemplo com Birgitt Nielsson ou Waltraud Meier.
De Bayreuth tenho memórias de récitas cuja gradação meço desde o absolutamente excepcional até ao vulgar. E, como já tenho tido oportunidade de dar a entender, quanto às encenações, meu Deus, o que tenho aturado só Deus Nosso Senhor e eu é que sabemos! Por exemplo, aquela pavorosa proposta do 'Parsifal' do Schlingensief...
Naturalmente, também eu tentarei não perder. Precisamente hoje, à hora da récita, estarei na Quinta da Regaleira assistindo à cerimónia oficial de cedência do espólio de Bartolomeu Cid dos Santos ao município de Sintra. Por isso, ändermais tarde poderei aceder a uma gravação.
É curioso que assistimos a uma récita de 'Der Fliegende Holländer' em que a 'Senta' esteve a cargo de uma Adrienne Dugger, tão fraca, coitada, que metia dó. Lembro-me perfeitamente de a Elisabete partilhar comigo a opinião de ser inadmissível que Bayreuth acolhesse alguém tão falha de qualidade, tão incapaz de assumir a dramaticidade de uma personagem tão complexa.
A encenação, de Claus Guth, era deveras eficaz, linear, muito operacional, na sábia partilha de um espaço cénico claramente definido em todas as dimensões. A direcção musical de Marc Albrecht foi muito segura. Também foi naquele ano de 2006 que, além do 'Ring' de Thielemann/Tankred Dorst, do 'Parsifal' de Adam Fischer/Christoph Schlingensief, ainda tivemos 'Tristan und Isolde' de Peter Schneider/Christoph Marthaler, com Robert Dean Smith em Tristan e a Nina Stemme na ‘Isolde’.
Num dos anos seguintes, assisti a mais uma récita por ela protagonizada numa interpretação acerca da qual aqui ontem me referi [num texto subordinado ao título 'Comparando...' com três ilustrações musicais] apenas como muito correcta mas, nunca me arrebatando, nada que se comparasse ao que tive o privilégio de experimentar perante as prestações, por exemplo com Birgitt Nielsson ou Waltraud Meier.
De Bayreuth tenho memórias de récitas cuja gradação meço desde o absolutamente excepcional até ao vulgar. E, como já tenho tido oportunidade de dar a entender, quanto às encenações, meu Deus, o que tenho aturado só Deus Nosso Senhor e eu é que sabemos! Por exemplo, aquela pavorosa proposta do 'Parsifal' do Schlingensief...
Naturalmente, também eu tentarei não perder. Precisamente hoje, à hora da récita, estarei na Quinta da Regaleira assistindo à cerimónia oficial de cedência do espólio de Bartolomeu Cid dos Santos ao município de Sintra. Por isso, ändermais tarde poderei aceder a uma gravação.
Para já gostaria de vos propor a gravação de um excerto da 'Balada de Senta', colhida numa récita de "Der Fliegende Holländer" na Maestranza de Sevilla. Mesmo com um som de péssima qualidade, poderão verificar como Elisabete Matos é estupenda.
Boa audição!
Sem comentários:
Enviar um comentário