[sempre de acordo com a antiga ortografia]

domingo, 7 de abril de 2013

 
Miminhos...
 
 
Na passada sexta-feira, através do facebook, um ilustre amigo voltou a preocupar-se com o meu estado. Como sabem, o Prof. Fernando Seara tem muito mais que fazer do que se preocupar comigo, dia sim, dia sim... Tal como os meus mais fiéis amigos, são constantesbas suas atenções, por telefone ou via fb. Tinha avisado de que iria visitar-me ao hospital e tudo estava preparado, precisamente, na altura em que me concederam alta. Claro que não posso deixar de me sensibilizar. Eis o que lhe respondi e que, ao fim e ao cabo, é o que tenho dito a todos.
 
 
Fernando Seara  Como vai ? Melhor ? Um bom e merecido fim de semana. Abraço forte.
 
João De Oliveira Cachado Caro Prof. Fernando Seara, muito obrigado e sensibilizado pelo seu interesse acerca do meu estado. Estou nitidamente melhor, e, felizmente, já sem dores. Muito confinado a um espaço doméstico, em que os movimentos são, necessariamente, reduzidos ao mínimo, vou experimentando um regime de vida que, pela primeira vez, aos 65 anos, é completamente novo. Naturalmente, leio, escrevo, ouço música de manhã à noite, em doses mais substanciais do que normalmente e faço o possível por ir partilhando o que posso e sei nas redes sociais. Tenho imensa pena por ter sido obrigado a suspender as minhas caminhadas pela nossa querida Sintra. Lamento ser forçado a prescindir dos concertos e recitais, em especial na Gulbenkian, lugar que, sem dúvida alguma, é aquele em que passo mais tempo depois da minha própria casa. Veja lá que um destacado funcionário da Fundação já me telefonou a estranhar a minha ausência... É daqueles amigos que considera deveria eu ter um quartinho ali para os lados da Av. de Berna... Estou a dar muito trabalho, em especial, à minha mulher, facto que, de algum modo, me penaliza. Como sabe, fui tratado muito bem em ambos os hospitais por onde passei, confirmando a óptima impressão sobre o SNS que não tenho qualquer razão para alterar. Tenho tido um apoio formidável de familiares, amigos e de muitos desconhecidos que apenas sabem de mim por esta via do facebook. Seja como for, em qualquer circunstância da vida, serei sempre um privilegiado. Não poderei deixar de transformar este desaire num período de mais-valia, única atitude racional e sensata. Dou todas as graças a Deus por me ter sabido conduzir de tal modo que, hoje, seja natural que assim pense e aja. Vivo este tempo com uma Fé redobrada pela Graça que o Papa Francisco nos veio trazer. Que esperança espantosa em viver uma Igreja pobre, para os pobres. Eis, Senhor Professor, assim, muito rapidamente, o que por aqui vai... Devolvo-lhe os votos de um bom e merecido fim de semana. Um abraço forte e amigo.
 
Entenderão todos quantos se têm preocupado comigo que, aproveitando esta oportunidade, também destaque, apesar de não reproduzir, porque foi privada, uma troca de mensagens com António Luís Lopes, o conhecido membro do Partido Socialista de Sintra, que não podia ter sido mais simpático e cordial. De facto, tenho sido muito, muito mimado.
 
 
 

     

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