[sempre de acordo com a antiga ortografia]

quarta-feira, 1 de maio de 2013






Chostakovich,
Primeiro de Maio


Primeiro de Maio é o subtítulo da Sinfonia No. 3 em Mi bemol Maior, op. 20 de Dmitri Chostakovich, cuja estreia, pela Orquestra Filarmónica de Leninegrado e Coro académico Capella, sob a direcção de Aleks
andr Gauk, remonta a 21 de Janeiro de 1930.

A obra está estruturada em seis curtas partes – I. Allegretto, II. Più mosso – Allegro, III. Andante, IV. Allegro - Allegro molto, V. Andante – Largo, VI. Coro: 'V pérvoye, Pérvoye máya' - sem interrupções, um exemplo de sinfonia coral experimental. O final é servido por um texto de Semyon Isaakovich Kirsanov em honra do Primeiro de Maio e da Revolução.

Foi o próprio compositor, em carta a Boleslav Yavorsky, quem escreveu ser a peça a expressão de uma reconstrução pacífica. Só o final não é escuro e em tom irónico, mesmo sardónico, como tudo o que o precede. Nesta peça de pendor heróico, Chostakovich chegou a pensar no projecto, que acabaria por não concretizar, de integrar um segmento em que reproduziria o som de metralhadoras em combate.

Várias são as gravações de referência desta obra cuja interpretação suscita algumas dificuldades. Datada de 1993, aconselharia um registo da Teldec, em que Mstislav Rostropovich dirige a London Symphony Orchestra e o Coro London Voices.

Também como maneira de comemorar o Primeiro de Maio, gostaria de vos deixar, precisamente, com uma competente leitura do célebre Rostropovich, alguém que bem conhecia o universo de referências de Chostakovich, seu amigo pesoal.


http://youtu.be/3Yx_LryAMNo
 

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