[sempre de acordo com a antiga ortografia]

quarta-feira, 8 de maio de 2013



Lavoisier e Beethoven,
imortais


O enunciado da celebérrima ‘Lei de Lavoisier’ constituiu o mais inequívoco manifesto de certeza da imortalidade que qualquer cientista, em qualquer tempo da História, já formulou. Eu sou imortal porque me transformarei e darei origem a novos elementos primordiais de vida, os mesmos que estão na própria origem do universo.

Esta é a minha origem, este um processo que jamais terminará, mesmo depois do desaparecimento do planeta e da estrela. Tenho assegurada a imortalidade, através da química. Disse-mo Lavoisier. Noutra imortalidade eu creio que muito a ver tem com a suma Sabedoria, a da omisciência divina.

Lavoisier? Morreu guilhotinado, num dia 8 de Maio, de 1794. Guilhotinado. Comentários? Para quê? Contingências, circunstâncias da ‘vidinha’. Até uma grande Revolução, por vezes, é isso, ‘vidinha’, reles, mesquinha.

Nesse ano, sensivelmente na mesma altura, Beethoven, outro demiurgo, ainda muito jovem, escrevia a peça em que já se permitia esta sabedoria espantosa do 'Trio com Piano, op. 1, no. 2 em Sol Maior'. A interpretação a cargo do Trio Jean Paul.

Pois é. A dimensão da imortalidade de Lavoisier e Beethoven, essa, habita outra esfera...

Boa audição!


http://youtu.be/EJm0HJ0g1lQ
 

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