[sempre de acordo com a antiga ortografia]

segunda-feira, 10 de junho de 2013




Memórias de antes e depois


Comecei a frequentar as actividades da Fundação Gulbenkian ainda criança, há mais de cinquenta anos, muito antes da inuguração do edifício da sede na Av. de Berna e, portanto, lembro-me perfeitamente da inauguraçao em 1969, no ano anterior ao do meu casamento. Aquele «antes» foram o Tivoli, o Coliseu, o Politeama. De qualquer modo, a triunfal vida deste Grande Auditório e a sua comodidade não apagam os brilhantíssimos momentos anteriores durante os quais se cimentou a minha relação com a grande música.

Estava a lembrar-me do impressionante recital que Cathy Berberian apresentou no Tivoli. Quem presenciou sabe que me refiro a um daqueles momentos epifânicos que, durante toda a vida, um melómano tem o prvilégio de assistir meia dúzia de vezes. Como sabem, Cathy Berberian e Luciano Berio, seu marido, tinham uma especial relação com Lisboa que não vem ao caso detalhar.


Vem a propósito, isso sim, lembrar um outro espantoso momento que vivi através da música desta dupla. Pois aqui vo-lo replico numa gravação, com o Juilliard Ensemble, para a qual chamo a vossa especial atenção. Trata-se de Recital I, de Berio, cuja estreia mundial aconteceu em 1972, precisamente em Lisboa.


http://youtu.be/FOPSiXtawy0 [1]


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