[sempre de acordo com a antiga ortografia]

terça-feira, 30 de julho de 2013


The West-Eastern Divan Orchestra,
Prémio Gulbenkian, 2012


 
[publicado no facebook em 29.07.2013]
 
 
Esta tarde tive o gratíssimo privilégio de presenciar a cerimónia de atribuição do Prémio Calouste Gulbenkian 2012 à The West-Eastern Divan Orchestra, pela sua capacidade para transcender conflitos e construir pontes para o entendimento entre os povos, através da Música. A decisão coube ao júri presidido por Jorge Sampaio, incluindo destacadas personalidades como Vartan Gregorian (Carnegie Corporation, EUA), Paul Brest (Hewlett Foundation, EUA), Comandante Pedro Pires (ex-Presidente da República de Cabo Verde), SAR a Princesa Rym Ali da Jordânia (fundadora do Jordan Media Institute), e António Nóvoa (Reitor da Universidade de Lisboa).

Recebeu o prémio o Maestro Daniel Barenboim que, em conversa muito informal com Jorge Sampaio, falou da sua experiência à frente da West-Eastearn Divan Orchestra, um projecto que remonta a 1999, The West-Eastern Divan Orchestra criado em conjunto com Edward Said, que reúne músicos israelitas e palestinianos, entre outras nacionalidades. 

Foi um diálogo de cerca de uma hora, entre dois homens de Cultura, durante o qual, entre outras, foram partilhadas preocupações afins do fenómeno da globalização, questões palpitantes relacionadas com a cidadania crítica, cidadania universal e universalismo, diálogo intercultural, a incontornável imprescindibilidade da assunção dos erros do passado para a construção das pontes para o futuro e particularidades do no universo da Música que contribuem para a mútua aproximação dos povos em conflito.

Daniel Barenboim e Jorge Sampaio, mentes brilhantes. Na Gulbenkian, pois claro…

Nota curiosa. De repente, dei por mim confirmando que, naquela sala, estavam cinco pessoas que participaram no filme biográfico sobre a Senhora Marquesa de Cadaval em que tenho estado empenhado com um grupo de amigos. Assim, no palco, Daniel Barenboim, beneficiário do mecenato de Dona Olga, e Jorge Sampaio, amigo; na assistência, Luís Pereira Leal, Luís Santos Ferro, também amigos e eu próprio. A grande Música, sempre, a mobilizar-nos pelas melhores causas.
 
 

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