Bilinguismo,
mais-valia e deficit
mais-valia e deficit
Artigo deveras interessante. Numa perspectiva diferente do bilinguismo, a das crianças e dos jovens estudantes portugueses, que frequentavam as aulas de Ensino de Português no
Estrangeiro em países de acolhimento de comunidades portuguesas emigradas, deparei-me - enquanto Técnico dos Serviços do Ministério da Educação, cabendo-me a coordenação das actividades docentes em países como Espanha, Suiça, Reino Unido, USA e Austália - deparei-me, escrevia, com um problema muito polémico.
Em determinados contextos, uma criança bilingue, de Português e Inglês, era encarada como um problema de sinal menos positivo, quando não pejorativo, enquanto que, no mesmo estabelecimento de ensino, uma outra, bilingue de Francês e Inglês era tida como uma inequívoca mais-valia... Reporto-me a casos de crianças absolutamente normais, nada de necessidades educativas especiais.
Espero se perceba que era a «desqualificada» origem portuguesa da criança que suscitava a avaliação de que dou conta, que, também frequentemente, implicava na sugestão de encontrar estratégias de remediação para o «deficit» da criança...
Em determinados contextos, uma criança bilingue, de Português e Inglês, era encarada como um problema de sinal menos positivo, quando não pejorativo, enquanto que, no mesmo estabelecimento de ensino, uma outra, bilingue de Francês e Inglês era tida como uma inequívoca mais-valia... Reporto-me a casos de crianças absolutamente normais, nada de necessidades educativas especiais.
Espero se perceba que era a «desqualificada» origem portuguesa da criança que suscitava a avaliação de que dou conta, que, também frequentemente, implicava na sugestão de encontrar estratégias de remediação para o «deficit» da criança...
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