[sempre de acordo com a antiga ortografia]

terça-feira, 1 de outubro de 2013



47,4%!!!!



 Que horror! Razão tinha eu para estar tão preocupado com o nível da abstenção. Em relação às últimas eleições autárquicas, em função do aumento da percentagem, fica uma pessoa num desassossego inqualificável já que a abstenção, não só é o grande vencedor da noite das eleições mas também se revela gerador dos maiores incómodos.

Nas vésperas da consulta eleitoral, correndo o risco de ser mal entendido por quem, apressadamente, pudesse concluir que eu assumia o proselitismo do voto em branco, tentei recorrer a civilizados argumentos, dirigidos aos munícipes e fregueses mais naturalmente desmotivados.

Pretendi, em especial, chegar aos mais jovens, que bem conheço, na esperança de tocar alguns, e no sentido de que reflectissem sobre a sua, que é atitude «filha» de uma cultura de demissão e desleixo, por outra postura, qual seja, através do voto em branco, a de darem satisfações à comunidade fazendo saber quantos não se identificam e/ou repudiam todas as propostas presentes ao eleitorado.

Tenho a impressão de que os meus textos passaram perfeitamente ao lado dos destinatários. Mas o fenómeno é de tal modo sério que só podemos esperar que os especialistas, nomeadamente, sociólogos, antropólogos e outros peritos da ciências sociais, nos ajudem a enquadrá-lo fornecendo pistas para a promoção das medidas mais eficazes.
 
 
mal entendido por quem, apressadamente, pudesse concluir que eu assumia o proselitismo do voto em branco, tentei recorrer a civilizados argumentos, dirigidos aos munícipes e fregueses mais naturalmente desmotivados.

Pretendi, em especial, chegar aos mais jovens, que bem conheço, na esperança de tocar alguns, e no sentido de que reflectissem sobre a sua, que é atitude «filha» de uma cultura de demissão e desleixo, por outra postura, qual seja, através do voto em branco, a de darem satisfações à comunidade fazendo saber quantos não se identificam e/ou repudiam todas as propostas presentes ao eleitorado.

Tenho a impressão de que os meus textos passaram perfeitamente ao lado dos destinatários. Mas o fenómeno é de tal modo sério que só podemos esperar que os especialistas, nomeadamente, sociólogos, antropólogos e outros peritos da ciências sociais, nos ajudem a enquadrá-lo fornecendo pistas para a promoção das medidas mais eficazes.
 
 

1 comentário:

Fernando Lamas disse...

Se aplicar a sua arimética a Sintra, onde vivo, vai concluir que houve uma participação de apenas 38,86% do eleitorado. E se olhar com um pouco mais de detalhe vai constatar que 9,07% dos eleitores entregaram votos nulos ou brancos o que significa protesto activo. Resulta que os eleitos conseguiram esse feito com uma participação de apenas 33,43% de voto efectivo. É caso para perguntar se isto é participação do eleitorado no processo democrático ou se não será antes a rejeição do sistema. Creio que há aqui motivo para que os políticos se sintam envergonhados.