Fartar vilanagem
Também é por estas e por outras - sempre protagonizadas pela classe política plasmada nos partidos do arco da governação - que a abstenção registou os alarmantes números das eleições autárquicas de 29 de Setembro.
Claro que também é em atitudes deste caibre, geradoras do maior descrédito, que radica grande parte do desânimo dos cidadãos. São tantos e tão frequentes os escândalos das mordomias e das prebendas que cada vez maior é o fosso cavado afastando os eleitores da República, das lutas pelas causas comuns, minando qualquer hipótese de fomento da intervenção cívica e da cidadania.
De facto, nos partidos «da alternância», há muita gente a quem devemos dar os parabéns pelo competente trabalhinho de subversão da democracia. Bem podem limpar as mãos à parede. A notícia em apreço reporta-se a Outubro de 2010. Outubro de 2010, com um governo do PS? Outubro de 2013, algo de semelhante, ou pior, com um governo do PSD/CDS? Com governos do PS, do PSD e CDS, durante o século vinte? Com os mesmos, já no século vinte e um?
Infelizmente, o facto de se tratar de uma notícia de Outubro de 2010, constitui detalhe meramente cronológico... É detalhe e, neste caso, perfeitamente despiciendo. O fartar vilanagem, de que o caso em apreço é episódio perfeitamente «esclarecedor», é endémico e, como matriz da vivência da Democracia, dificilmente suscita qualquer esperança de mudança.
Infelizmente, o facto de se tratar de uma notícia de Outubro de 2010, constitui detalhe meramente cronológico... É detalhe e, neste caso, perfeitamente despiciendo. O fartar vilanagem, de que o caso em apreço é episódio perfeitamente «esclarecedor», é endémico e, como matriz da vivência da Democracia, dificilmente suscita qualquer esperança de mudança.
Como há quem continua a lutar contra este estado de coisas, o que importa é saber o lado da barricada em que nos colocamos.
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