[sempre de acordo com a antiga ortografia]

domingo, 22 de dezembro de 2013



Em Sintra,
Parques de Sintra Monte da Lua,
um consolo, tanto orgulho



 [Transcrição do artigo publicado na edição de 20 de Dezembro de 2013 do 'Jornal de Sintra']

 

Chegados ao fim de 2013, em pleno Advento, na perspectiva do Natal e do início de um Novo Ano, estamos naquele segmento de tempo propício, não só ao balanço da vida anual de cada um, às contas do pessoalíssimo ter e haver, mas também adequado a acolher, tão calorosamente quanto possível, aqueles que mais merecem a nossa estima por contribuírem para que a qualidade da nossa vida seja diferente porque melhor.

No saldo resultante, como não incluir, porém, os dias tão difíceis que vivemos? E, de facto, por muito que, a nível pessoal, possamos não ter razões de queixa relativamente à satisfação das necessidades mais prementes, a verdade é que, à nossa volta, se multiplicam situações de carências tais que nos coartar a simples hipótese de manifestar qualquer satisfação geral.

É por demais evidente que o país e o concelho sofrem o desespero, a pobreza, o desemprego, quando não a fome, em consequência de políticas desumanas, às mãos de decisores que apenas leram a tal cartilha da «economia que mata», na tão expressiva formulação do Papa Francisco.

É neste preocupante contexto de que, na íntima galeria das nossas mais evidentes afinidades, desfilam os familiares, os amigos, as instituições e, afinal, todos os que fazem de nós melhores pessoas e, de uma ou outra forma, que nos enriquecem os dias que nos cabem, cada vez mais problemáticos e exigentes.

Pois bem, quanto a Sintra, não tenho a mínima dificuldade em destacar a Parques de Sintra Monte da Lua como a entidade que, tanto neste 2013 como há uma série de anos consecutivos, mais tem beneficiado esta terra com a criteriosa gestão dos seus administradores e, em geral, com a actividade eficientíssima dos técnicos e colaboradores nos mais diferentes domínios.

Hoje em dia, na realidade, à excepção de muito esporádicos e bem conhecidos casos, a única parcela daquilo que, em Sintra, poderemos considerar como confirmado e constante sucesso, apenas se verifica naquela portuguesa empresa de capitais públicos que, dia sim dia sim – deixem-me usar esta cómoda expressão – recebe prémios provenientes de todas as latitudes, distinguindo-a, frequentemente, como a melhor entre as melhores.

Pois, escrevo acerca da tão rara excelência, para a qual não há encómios que bastem. E, não tenho a menor dúvida de que, ao seu fabuloso palmarés de públicos êxitos, a PSML vai acrescentar o inequívoco sucesso a que está «condenada» a sua mais recente iniciativa, ou seja a Temporada de Música – Tempestade e Galenterie que, no Palácio de Queluz, a partir de 2014, se concretizará em dois ciclos, um de Carnaval e o outro de Outono, contando com alguns dos mais famosos intérpretes, a nível mundial, da música setecentista.

Parques de Sintra Monte da Lua, na verdade, um reduto de consolo. E de tanto orgulho!

Orgulho, em nota final, também dos meus habituais leitores, a quem remeto os votos de Santo Natal e de Bom Novo Ano.

[João Cachado escreve de acordo com a antiga ortografia]
 
 

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