[sempre de acordo com a antiga ortografia]

sábado, 15 de março de 2014



Natália Correia


Quando passam 21 anos da sua morte, recorro a uma partilha do blogue 'Mulheres de Amar Pra Sempre", no sentido de que possam aceder a dois dos seus poemas - 'Autogénese' e 'Defesa do poeta' - recitados pela própria, naquele
seu modo tão entranhadamente telúrico.

Que falta nos faz a sua irreverência, o imenso gabarito da sua cultura, que falta nos faz a atitude de inteligente desafio a todas as mediocridades, a toda a trucatruquice desbocada, parlamentar e para lamentar... Que falta nos faz!

E, a propósito, a transcrição daquela célebre peça, eminentemente repentista, com que, em pleno Parlamento, brindou o deputado Morgado do CDS a propósito de uma ridícula intervenção em que este considerava que o acto sexual só servia para a procriação...

Também é a memória de um tempo em que os eleitos podiam ser da estirpe de uma Natália. Na verdade, outros tempos!... Celebremos o seu génio, leiamos a poesia que nos deixou e que, cada vez mais, nos deslumbra.

 

 

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