O choque
[facebook, 13 de Março de 2014]
Assisti ao luminoso recital de Kristian Bezuidenhout em Queluz. No fim, com o Maestro Massimo Mazzeo, Prof. António Lamas, Presidente do Conselho de Administração da Parques de Sintra Monte da Lua, e Dra. Inês Ferro, Directora do Palácio de Queluz, fomos cumprimentar o pianista pelo seu sucesso que resultou num privilégio imenso para todos nós.
Sereno, confortadíssimo por momentos musicais de grande intensidade e sofisticação, já no exterior do palácio, em noite quase primaveril, despedi-me de Inês e do filho que segue amanhã para Berlin. Confirmava uma natural satisfação, por este gosto de conhecer, pessoalmente, gente tão interessante, que comunga os mesmos interesses culturais, que enriquece à medida que também enriqueço.
E encaminhei-me para o carro para regressar a Sintra. Passava pouco das onze horas. Liguei o rádio para ouvir as notícias. Fui, então, perfeitamente siderado pela notícia da morte de D. José Policarpo. Ainda não estou recuperado do choque. Tinha o Cardeal numa consideração que não cabe nos comuns adjectivos do quotidiano.
Era um homem do Concílio, um intelectual que, em muitas circunstâncias, não foi entendido como merecia. Padre progressista, que me habituei a ter como referência desde os meados de sessenta quando entrei na Faculdade, já ele era uma promessa da Academia. Estou de luto. Sei que ele só pode estar bem e, também por isso, o choque sentido se vai atenuando na esperança de que, um dia destes, já sem as amarras do tempo comum, voltaremos a encontrar-nos.
Assisti ao luminoso recital de Kristian Bezuidenhout em Queluz. No fim, com o Maestro Massimo Mazzeo, Prof. António Lamas, Presidente do Conselho de Administração da Parques de Sintra Monte da Lua, e Dra. Inês Ferro, Directora do Palácio de Queluz, fomos cumprimentar o pianista pelo seu sucesso que resultou num privilégio imenso para todos nós.
Sereno, confortadíssimo por momentos musicais de grande intensidade e sofisticação, já no exterior do palácio, em noite quase primaveril, despedi-me de Inês e do filho que segue amanhã para Berlin. Confirmava uma natural satisfação, por este gosto de conhecer, pessoalmente, gente tão interessante, que comunga os mesmos interesses culturais, que enriquece à medida que também enriqueço.
E encaminhei-me para o carro para regressar a Sintra. Passava pouco das onze horas. Liguei o rádio para ouvir as notícias. Fui, então, perfeitamente siderado pela notícia da morte de D. José Policarpo. Ainda não estou recuperado do choque. Tinha o Cardeal numa consideração que não cabe nos comuns adjectivos do quotidiano.
Era um homem do Concílio, um intelectual que, em muitas circunstâncias, não foi entendido como merecia. Padre progressista, que me habituei a ter como referência desde os meados de sessenta quando entrei na Faculdade, já ele era uma promessa da Academia. Estou de luto. Sei que ele só pode estar bem e, também por isso, o choque sentido se vai atenuando na esperança de que, um dia destes, já sem as amarras do tempo comum, voltaremos a encontrar-nos.
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