Hugo Wolf
13 de Março de 1860 (m. 1903)
13 de Março de 1860 (m. 1903)
[facebook, 13 de Março de 2014]
Tenho particular simpatia, até uma certa forma de devoção por Hugo Wolf. É uma das minhas referências em Salzburg. Tal como o «conheço», de modo algum, o vejo nas funções de segundo Kapellmeister que, durante um curto período, ali desempenhou… Sei onde viveu, adivinho-lhe os passos. Em geral, tenho os seus Lieder entre os melhores. O Lied, aliás, foi género que copiosamente cultivou, a partir de textos de Goethe, Mörike, Eichendorf.
Conhecido como Wild Wolf [literalmente, ‘lobo selvagem’], este acérrimo adversário de Brahms – na sua opinião (aliás, como sabemos, muito bem acompanhada…) um retrógrado incorrigível – era, naturalmente, grande admirador de Wagner e de Liszt. Teve uma vida absolutamente desassossegada, perturbado pela doença mental que o afectaria ao ponto de ser internado e morrer, tão precocemente, aos quarenta e dois anos.
Quero recordá-lo hoje, e convosco partilhar, afinal, não o cultor de Lied mas o compositor de “Penthesilea”, poema sinfónico composto entre 1883 e 1885, baseado na tragédia do dramaturgo Heinrich von Kleist que, curiosa mas compreensivelmente, Goethe chegou a considerar irrepresentável.
De qualquer modo, com um entrecho onde guerra, conquista, erotismo são parcelas que se entrecruzam em desafios acutilantes, “Penthesilea” já passou ao teatro lírico pela mão de Othmar Schoeck, no fim da décade de 20 do século passado, estando programada a estreia, em 2015, de nova ópera, de Pascal Dusapin, com o mesmo título.
Enquanto poema sinfónico, eis "Penthesilea", numa estupenda interpretação da Staatskapelle Berlin, sob a direcção de Otmar Suitner.
Boa audição!
[Permitam que dedique esta formidável meia hora de grande música ao meu amigo João Trindade Duro cujo aniversário coincide com o de Hugo Wolf]
http://youtu.be/62-A1YcX9gU
Conhecido como Wild Wolf [literalmente, ‘lobo selvagem’], este acérrimo adversário de Brahms – na sua opinião (aliás, como sabemos, muito bem acompanhada…) um retrógrado incorrigível – era, naturalmente, grande admirador de Wagner e de Liszt. Teve uma vida absolutamente desassossegada, perturbado pela doença mental que o afectaria ao ponto de ser internado e morrer, tão precocemente, aos quarenta e dois anos.
Quero recordá-lo hoje, e convosco partilhar, afinal, não o cultor de Lied mas o compositor de “Penthesilea”, poema sinfónico composto entre 1883 e 1885, baseado na tragédia do dramaturgo Heinrich von Kleist que, curiosa mas compreensivelmente, Goethe chegou a considerar irrepresentável.
De qualquer modo, com um entrecho onde guerra, conquista, erotismo são parcelas que se entrecruzam em desafios acutilantes, “Penthesilea” já passou ao teatro lírico pela mão de Othmar Schoeck, no fim da décade de 20 do século passado, estando programada a estreia, em 2015, de nova ópera, de Pascal Dusapin, com o mesmo título.
Enquanto poema sinfónico, eis "Penthesilea", numa estupenda interpretação da Staatskapelle Berlin, sob a direcção de Otmar Suitner.
Boa audição!
[Permitam que dedique esta formidável meia hora de grande música ao meu amigo João Trindade Duro cujo aniversário coincide com o de Hugo Wolf]
http://youtu.be/62-A1YcX9gU
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