[sempre de acordo com a antiga ortografia]

quinta-feira, 17 de abril de 2014




Magister Tengarrinha dixit

José Manuel Tengarrinha é uma das minhas referências de sempre. Ao Movimento Democrático Português (CDE) do qual foi um dos fundadores, aderi eu desde o início. Não deixa de ser significativo que, ao fim e ao cabo, em termos de enquadramento político pessoal, com todos os acidentes e incidentes vividos nestes quarenta anos, seja nos princípios e valores defendidos pelo MDP-CDE que continuo sentindo uma permanente vinculação. De facto, a minha esquerda passa(va) por ali.

José Manuel Tengarrinha, pilar da Democracia em Portugal, que começou a ser preso aos dezasseis anos de idade, vai agora em oitenta e dois de vida singular em que a política e a cidadania activa atingiram os mais altos níveis de intervenção. Lúcida e sábia, a sua opinião continua sendo procurada pelos órgãos de informação.

Hoje, durante a entrevista a Maria Flor Pedroso, da rádio pública, num dos momentos em que lhe notei maior vivacidade no discurso – nomeadamente, em relação aos termos da adjectivação que empregou – trouxe à baila os jovens turcos saídos das «jotas».

Perguntado se, inequivocamente, se referia às jotas do PS e do PSD, e se dentre os jovens turcos delas saídos não haveria diferença distintiva, replicou que são iguais no essencial. E sublinhou, ipsis verbis, que “(…) são terríveis! São terríveis de ambição! (…)”.

Totalmente de acordo. E, como não se são farinha do mesmo saco?

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