Magister Tengarrinha dixit
José Manuel Tengarrinha é uma das minhas referências de
sempre. Ao Movimento Democrático Português (CDE) do qual foi um dos fundadores,
aderi eu desde o início. Não deixa de ser significativo que, ao fim e ao cabo,
em termos de enquadramento político pessoal, com todos os acidentes e
incidentes vividos nestes quarenta anos, seja nos princípios e valores defendidos
pelo MDP-CDE que continuo sentindo uma permanente vinculação. De facto, a minha
esquerda passa(va) por ali.
José Manuel Tengarrinha, pilar da Democracia em Portugal,
que começou a ser preso aos dezasseis anos de idade, vai agora em oitenta e
dois de vida singular em que a política e a cidadania activa atingiram os mais
altos níveis de intervenção. Lúcida e sábia, a sua opinião continua sendo
procurada pelos órgãos de informação.
Hoje, durante a entrevista a Maria Flor Pedroso, da rádio
pública, num dos momentos em que lhe notei maior vivacidade no discurso – nomeadamente,
em relação aos termos da adjectivação que empregou – trouxe à baila os jovens turcos saídos das «jotas».
Perguntado se, inequivocamente, se referia às jotas do PS e
do PSD, e se dentre os jovens turcos delas saídos não haveria diferença
distintiva, replicou que são iguais no essencial. E sublinhou, ipsis verbis, que “(…) são terríveis! São
terríveis de ambição! (…)”.
Totalmente de acordo. E, como não se são farinha do mesmo saco?
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