[sempre de acordo com a antiga ortografia]

sábado, 28 de junho de 2014


Sintra,
Decisão difícil mas inequívoca


Mais uma vez, ao tomar uma decisão que adivinho ter sido de dificílima adopção, a
Parques de Sintra acaba de nos demonstrar como sustenta os seus passos nas mais abalizadas opiniões. Conheço perfeitamente quem teve de subscrever o relatório referido e fico o mais possível descansado quanto às diligências que terão sido efectuadas no sentido de salvaguardar e respeitar todos os interesses em presença.

Também eu lamento muito a perda da árvore em questão que fazia parte de um património inestimável. No entanto esta tília, tal como todos os seres vivos é susceptível de acusar patologias remediáveis e irremediáveis. Neste caso, infelizmente, nada havia a fazer. Nasceu, cresceu, adoeceu e morreu. Completou-se o ciclo.

Neste como noutros casos a minha máxima confiança a quem tantas provas de eficiência tem dado à comunidade. Estou certo de que, tal como a defunta, a tília substituta há-de beneficiar e dar muita satisfação a sucessivas gerações de sintrenses e de visitantes. Parabéns pela decisão, coragem e prontidão em evitar males maiores.
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A Parques de Sintra - Monte da Lua tomou ontem (26/06/2014) a decisão de abater a Tília que se encontrava junto ao Palácio Nacional de Sintra.
No dia 19/06/2014 às 6h da manhã caiu uma grande pernada da Tília situada no Terreiro do Palácio...
Nacional de Sintra em frente à Ala Manuelina. A zona foi vedada para garantir a segurança dos muitos visitantes.
Analisado o problema, verificou-se que a queda se deveu ao estado de podridão interior da estrutura arbórea. De acordo com o relatório elaborado pelo Diretor Técnico do Património Natural, foi decidido que a única solução era o corte da árvore e plantação de uma Tília nova, no mesmo local.

“A observação cuidada dos tecidos internos expostos na zona de fratura permitiu constatar a presença de uma podridão de lenho interna, do tipo deslenhificação seletiva, que, contudo, não evidenciava sintomas externos. Esta lesão de elevada dimensão estendia-se ao longo do ramo afetado e do tronco, atingindo a zona de inserção dos ramos estruturais. A situação encontrava-se agravada pela presença de casca inclusa na zona de bifurcação do eixo principal. A conjugação destes dois defeitos críticos assumia um potencial risco de rutura muito elevado.
A acrescer a esta situação, no colo da árvore existia uma grande cavidade com enegrecimento dos tecidos internos expostos, e insuficiente concha estrutural para a correta manutenção da transmissão dos esforços físicos. Este defeito crítico assumia também um potencial risco de rutura muito elevado.”

À semelhança de todos, também a Parques de Sintra lamenta a situação e gostaria que tivesse sido possível preservar a Tília, cuja existência marcava fortemente o local.
 
 
 

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