Esta manhã,
na Volta do Duche
Como estou na boa companhia do Fernando Morais Gomes, até
me sujeito a esta pública visibilidade. Há anos que a nossa comum paixão se
transformou num «ménage à trois» E escusam de 'apimentar' porque o outro
vértice da relação é Sintra...
Neste momento do nosso encontro, se não me engano, falávamos
acerca de uma nossa luta, em que, por amor a Sintra, como tantas vezes nos
acontece, nos armámos em David. Na altura, Golias era, nem mais nem menos do
que o Dr. Ricardo Espírito Santo Salgado, o concessionário hoteleiro de Seteais
que, todo poderoso, se permitiu assumir atitudes que muito ofenderam os
sintrenses.
Uma vez, a destruição do tanque, outra o encerramento do
terreiro, ainda outra quando arrasou aquele magnífico relvado, ali fazendo
assentar o arraial de mega-tendas metálicas, por ocasião do casamento da filha.
E ainda muito teria de contar acerca da ocasião em que, alegando «razões de
segurança», mandou expulsar-me do espaço público porque me atrevi, qual
intruso, entrar no recinto onde decorria uma grande festa com magnatas
ibéricos...
Tenho um sério rol de queixas contra o banqueiro, é verdade.
Contra os seus interesses, fui a reuniões públicas da Câmara e da Assembleia
Municipal de Sintra. Incomodei-me nos locais onde devem ser dirimidas as razões
de queixa dos cidadãos. E fartei-me de escrever artigos de imprensa, textos no
www.sintradoavesso.blogspot.com . Podia, agora, voltar à carga. Mas, coitado,
tanta tem sido, está sendo e será a pancada que até tenho pudor.
Mas recordo. Ou, melhor, recordamos. Tal como nesta manhã,
com o meu amigo. Conversas que, fazendo parte do nosso currículo oculto, só são
possíveis porque, dessas vezes, nos expusemos sem pudor algum...
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