Desemprego,
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[facebook, 5 de Agosto de 2014]
Esta tarde, no meio de conversa com o meu neto mais velho, a caminho de cumprir a promessa de lhe oferecer o bom gelado que me pedira, falámos de poupanças pessoais. E tal assunto veio à baila porque, cerca de uma hora antes, tinha eu ficado muito admirado com o peso do seu mealheiro.
Percebi o prazer com que me dava pormenores de algumas ofertas cujo destino tem si...do aquele grosseiro depósito de barro. Em determinada altura, com o intuito de satisfazer a minha curiosidade, aguçada pelo seu largo gesto e olhar brilhante, perguntei o que tenciona fazer com o dinheiro.
Não hesitou um segundo. “Avô, como já percebi que não vou ter emprego, estou a poupar para as minhas despesas e para a viagem até encontrar trabalho”. Para que conste, o garoto fará 10 anos em fins de Outubro...
Tenho a certeza de que histórias congéneres haverá por aí aos montes. Os garotos têm uma percepção muito aguda do problema da falta de trabalho. Não, não é que o meu neto seja especialmente perspicaz. A questão, essa sim, como é tremenda, vai deixando marcas.
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