[sempre de acordo com a antiga ortografia]

sexta-feira, 12 de setembro de 2014



Senhora do Cabo,
em Santa Teresa,
de visita a São Pedro


Eis-nos em vésperas das Festas de Nossa Senhora do Cabo cuja periódica itinerância, beneficia a Paróquia de São Pedro Penaferrim durante todo um ano que agora se inicia. É algo que, n
os termos do estabelecido, só acontece a cada vinte e cinco anos e que está a mobilizar toda a população local, incluindo crianças e jovens.

Na medida do possível, fui-me inteirando acerca da preparação dos festejos e confesso-me verdadeiramente impressionado com a capacidade de concretização de toda aquela gente, de alguns bons amigos, em face da exigível e pesada logística. Limpo, reanimado, aquele terreiro de Santa Teresa vai viver uns dias de festa popular que apraz registar. 

E, no contexto de um ânimo geral tão evidente, não posso deixar de me congratular pela positiva situação que se vive naquele recinto, qual parque popular de diversões que vai acolher o bonito convívio de tantos milhares de pessoas.

Há sempre, e desta vez também houve, quem tivesse tentado meter pauzinhos na engrenagem. Vozes de burro que não chegam ao destino do costume? Talvez maior analogia com a atitude do abutre à cata do podre onde se sacia. Porém, estando Nossa Senhora do Cabo nas melhores relações com Santa Teresa, de tal modo se entenderam que não deixaram estragar o ambiente, evitando o mínimo apodrecimento…

Desde sempre interessado neste tipo de manifestos de religiosidade popular à mistura com curiosíssimos aspectos profanos, tenho muita pena de não poder estar presente. Será a primeira vez na vida que não acompanho as festas numa das freguesias da sede do concelho, onde as venho presenciando, há cerca de sessenta anos, como naquela primeira ocasião, registada em fotografia, em que Anita Guerreiro, ainda menina, me apareceu ao lado montada num burrico…

É Santa Maria, Nossa Senhora, a Mãe de Deus que visita São Pedro. Muita oportunidade vamos ter de estar com ela, de encontrar amigos e conhecidos na mesma devoção, de cimentar laços de vizinhança, de nos sentirmos ‘inter pares’ numa comunidade onde ainda há sinais tão genuínos de identidade.
 
 

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