Ponto & contraponto
[facebook, 11.09.2014]
Natural e negativamente impressionados com as manigâncias de Ricardo Espírito Santo Salgado e do péssimo exemplo que evidenciou como grande patrão da banca, muita gente tende a meter todos os banqueiros no mesmo saco. E, como não entender tão lógica generalização?
Na realidade, o universo da banca é de tal modo pouco virtuoso que, dificilimamente, ali haverá trigo para separar do joio. Na maior parte das vezes, só haverá mesmo joio. De qualquer modo, nada de precipitações porque, em contraponto, preciso é não esquecer que nem todos se pautam por tão negativas e extremas bitolas.
Por exemplo, não podendo dizer-se que, ao pé do agora caído em desgraça, António Champalimaud e Artur Cupertino de Miranda fossem uns santinhos, a verdade é que, com aquele comparados, até parecem meninos de coro... Em dimensão significativamente mais expressiva do que Cupertino de Miranda, cuja Fundação desenvolve trabalho interessante no domínio cultural, ainda que muito localizada, António Champalimaud deixou seu nome ligado a uma instituição absolutamente exemplar em qualquer parte do mundo.
Quando, há pouco, se viu uma cientista galardoada pela Fundação Champalimaud, dar um testemunho emocionado do trabalho em que está envolvida, agora reconhecido e financiado com vultuoso prémio, por uma instituição que faz trabalho impecável todos os dias, não pode deixar de se lembrar que se trata de situação a anos luz da vigarice do BES cujo desfecho, além do mal já causado, ainda é preocupante incógnita.
O vigarista encartado, que durante anos e anos, montou um daqueles bem conhecidos esquemas do capitalismo desenfreado - que o Papa Francisco tão bem qualificou como fazendo parte da economia que mata - só pode contar com a inevitável ignomínia. Não se trata de linchamento na praça pública mas de avaliação sem apelo nem agravo.
Que sejam concedidas todas as hipóteses de defesa mas exigindo-se-lhe a reparação integral e inequívoca dos prejuízos causados a quem, directa e indirectamente, vigarizou.
Natural e negativamente impressionados com as manigâncias de Ricardo Espírito Santo Salgado e do péssimo exemplo que evidenciou como grande patrão da banca, muita gente tende a meter todos os banqueiros no mesmo saco. E, como não entender tão lógica generalização?
Na realidade, o universo da banca é de tal modo pouco virtuoso que, dificilimamente, ali haverá trigo para separar do joio. Na maior parte das vezes, só haverá mesmo joio. De qualquer modo, nada de precipitações porque, em contraponto, preciso é não esquecer que nem todos se pautam por tão negativas e extremas bitolas.
Por exemplo, não podendo dizer-se que, ao pé do agora caído em desgraça, António Champalimaud e Artur Cupertino de Miranda fossem uns santinhos, a verdade é que, com aquele comparados, até parecem meninos de coro... Em dimensão significativamente mais expressiva do que Cupertino de Miranda, cuja Fundação desenvolve trabalho interessante no domínio cultural, ainda que muito localizada, António Champalimaud deixou seu nome ligado a uma instituição absolutamente exemplar em qualquer parte do mundo.
Quando, há pouco, se viu uma cientista galardoada pela Fundação Champalimaud, dar um testemunho emocionado do trabalho em que está envolvida, agora reconhecido e financiado com vultuoso prémio, por uma instituição que faz trabalho impecável todos os dias, não pode deixar de se lembrar que se trata de situação a anos luz da vigarice do BES cujo desfecho, além do mal já causado, ainda é preocupante incógnita.
O vigarista encartado, que durante anos e anos, montou um daqueles bem conhecidos esquemas do capitalismo desenfreado - que o Papa Francisco tão bem qualificou como fazendo parte da economia que mata - só pode contar com a inevitável ignomínia. Não se trata de linchamento na praça pública mas de avaliação sem apelo nem agravo.
Que sejam concedidas todas as hipóteses de defesa mas exigindo-se-lhe a reparação integral e inequívoca dos prejuízos causados a quem, directa e indirectamente, vigarizou.
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