[sempre de acordo com a antiga ortografia]
sábado, 18 de outubro de 2014
EM SINTRA,
CIDADÃOS ORGANIZAM-SE PARA A INTERVENÇÃO CÍVICA
[Transcrição do artigo publicado na edição de 17 de Outubro do 'Jornal de Sintra]
EM SINTRA,
CIDADÃOS ORGANIZAM-SE PARA A INTERVENÇÃO CÍVICA
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Sintra,
Movimento cívico 'formal'
Em Sintra, acaba de nascer mais uma associação. Aconteceu na passada segunda-feira, no Cartório Notarial de Sintra do Dr. António Catalão, onde se realizou a Escritura pública do movimento CANAFERRIM ASSOCIAÇÃO CIVICA E CULTURAL, cujos declarados objectivos de intervenção logo se evidenciam na própria designação.
Se, 'de facto', já informalmente funcionava em São Pedro de Sintra, faltava concretizar este passo para que, oficialmente e 'de jure', passasse a ser reconhecido, quer pelos cidadãos de todo o concelho quer pelos poderes institucionais, como entidade que pretende afirmar uma intervenção cívica empenhada, em todos os assuntos, independentemente da sua dimensão mais ou menos restrita, cuja resolução seja determinante para os ganhos de qualidade de vida dos sintrenses.
Permitirão que, depois destes dois parágrafos de introdução, passe a usar a primeira pessoa do plural, na medida em que, incluindo-me entre os fundadores, faço parte de um grupo de cidadãos, alguns até muito jovens, profissionais dos mais diferentes sectores de actividade – juristas, economistas, professores, pequenos e médios empresários, etc, afectos à administração pública, autárquica local, às empresas e à Igreja Católica – outros já aposentados, todos com anterior experiência de envolvimento em movimentos idênticos.
À guisa de manifesto
Consideramo-nos entre aqueles que pensam a intervenção cívica como atitude matricial da própria razão de ser da vida em comunidade. Radicamos o nosso perfil de actuação nas melhores práticas alheias e, inclusive, na tarimba já adquirida em trabalhos mais ou menos recentes, como o que, sob coordenação de Fernando Cunha, apresentámos à Câmara Municipal de Sintra aquando do período de consulta pública sobre a questão do estacionamento.
É nesse contexto que privilegiamos o estudo prévio e o diagnóstico das matérias que possam estar em causa, sempre ao abrigo de uma perspectiva, tão correcta quanto possível, de análise sistémica que, a jusante, possibilite a adopção de medidas de inequívoca articulação integrada. A este respeito, bem podemos afirmar tratar-se de condição 'sine qua non' do nosso empenho e das propostas que possamos apresentar.
Valerá a pena introduzir um pequeno parêntesis para lembrar que, em Sintra, infelizmente, abundam os casos em que, por assim não se ter actuado, em definitivo, se comprometeu a concretização do objectivo visado pelas soluções adoptadas. Um dos casos mais flagrantes é o da Heliodoro Salgado ao qual, só da minha lavra, tantas páginas o 'Jornal de Sintra' tem dedicado.
E, já agora, em sentido oposto, relativamente ao célebre projecto de construção de um parque subterrâneo de estacionamento na Volta do Duche, aí temos a honrosa memória de uma compósita circunstância, em que foi possível coroar de inequívoco êxito uma luta cívica de defesa do património, considerada como exemplar a nível nacional e internacional, porque fundamentada sobre aqueles pilares metodológicos supra referidos, que enformam e informam a atitude de que o movimento CANAFERRIM ASSOCIAÇÃO CIVICA E CULTURAL se reclama herdeiro.
Fechemos o parêntesis e retomemos o enunciado dos princípios que nos animam, tão somente para rematar com uma declaração de rigoroso apartidarismo. O leque ideológico dos associados é tão abrangente que conta mesmo com todos os matizes do espectro partidário.
Esperamos – e não temos o mais pequeno vislumbre de que tal não venha a suceder – que os nossos preferenciais interlocutores, isto é, tanto os autarcas, das Juntas de Freguesia e da Câmara, como os responsáveis por outras entidades locais, nos consultem e tenham os nossos pareceres e propostas em devida consideração. Foi também a contar com isso que nos constituímos formalmente.
Já na próxima semana, anunciaremos a data de apresentação pública da associação, desde já ficando a promessa de vos fazer chegar a notícia respectiva bem como divulgação das coordenadas dos meios de comunicação que usaremos nas redes sociais.
[João Cachado escreve de acordo com a antiga ortografia]
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