[sempre de acordo com a antiga ortografia]

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015



São Tomás de Aquino (1225-1274)

[facebook, 28.01.2015]

Hoje, a Igreja Católica celebra o dia de um dos seus maiores. Quem desconhece São Tomás nem sonha quanto deve a este fenomenal pensador que muito ultrapassa o estrito âmbito da 'santidade e do amor às ciências sagradas', atributos da veneração que lhe é prestada nesta efeméride.

Uma das suas propostas, que tenho muito presente, colho-a na 'Suma Teológica', obra que o imortalizou. Acreditando que Deus é o "criador do céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis" - palavras da afirmação da nossa Fé no Credo que conjugamos - São tomás, como Aristóteles, defendia que a vida poderia formar-se a partir de matéria não viva ou de plantas, uma forma de abiogênese conhecida como "geração espontânea".

“(...) Como a geração de uma coisa é a corrupção de outra, não é incompatível com a primeira a formação de coisas; que, da corrupção do menos perfeito, o mais perfeito deva ser gerado. Assim, animais gerados da corrupção de coisas inanimadas ou de plantas possam então ser gerados. ” [Suma Teológica, Tomás de Aquino].

Bem sei que Aristóteles... Bem sei que Empédocles de Agrigento... Mas São Tomás, enquanto elo da cadeia que une o legado da Antiguidade à Revolução do pensamento moderno, é indissociável de Lavoisier, que, passados quinhentos anos, diria a mesmíssima coisa através da sua famosíssima Lei, que tanto sossego nos concede quanto à imortalidade da matéria física. Já quanto à imortalidade do espírito, é «matéria» outra, de Fé, território pouco propício a estas paragens 'facebookianas'.


 

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