[sempre de acordo com a antiga ortografia]

segunda-feira, 18 de maio de 2015



Maurice Ravel
Biarritz, 07 .03.1875 - Paris, 28.12.1937


[facebook, 07.03.2015]


Na efeméride do seu nascimento, lembro um episódio contado por Arthur Rubinstein. Sabem aqueles que, entre outras fontes, poderão ter acedido ao documentário biográfico "Marquesa de Cadaval, uma Vida de Cultura", de que sou coautor, que o grande pianista era amigo íntimo de Dona Olga e habitual convidado e frequentador do palácio, no Grande Canal de Veneza, da sua família Mocenigo, que deu sete doges... à Sereníssima Republica.

Em determinada ocasião, além da anfitriã e de Arthur, também por lá pernoitava Maurice Ravel. Certa manhã, desce o compositor à sala onde os amigos já conversavam. Trazia na mão uma pauta com parte de uma obra em que andava envolvido. Pô-la sobre o piano pedindo a Rubinstein que tocasse.

Quando os primeiros acordes soaram, pegou na mão de Olga e deu uns passos de dança que a peça sugeria. Embora aquela não fosse para funções de salão, tratava-se de uma valsa 'sui generis'. Era "La Valse", que Olga Nicolis di Robillant, ainda solteira, em meados de 1919, teve o privilégio de viver em primeiríssima mão, ainda não acabada e ainda reduzida à expressão do piano.

Hoje, aqui têm um pequeníssimo excerto da obra. 'LA VALSE', na curta-metragem realizada por João Botelho, com coreografia de Paulo Ribeiro. A versão musical é a da Orchestre du Théâtre des Champs-Élysées, sob a direção do Maestro Pedro de Freitas Branco (Paris, 1953), outro grande
amigo da Senhora Marquesa. Tudo «em família». A grande Arte, os maiores artistas, a mecenas. E nós, melómanos, diletantes na mais nobre acepção do termo...

Bom visionamento. Boa audição!

http://youtu.be/tDtSu_abUEA
 
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