[sempre de acordo com a antiga ortografia]

terça-feira, 2 de junho de 2015



O direito ao desânimo

[facebook, 30.03.2015]

Um dia destes, quando Nossa Senhora do Cabo se distrair e alguém se magoar a sério ou morrer um pancadão de gente, nesta carreira, ou nas curvas da Pena, então, as «autoridades» talvez intervenham. É inqualificável, esta versão de terceiro mundo, num percurso rodoviário entre dois dos concelhos mais conhecidos do país, em latitude privilegiada da União Europeia...

Que horror, meu caro Fernando Morais Gomes! Estamos todos já tão cansados, tão causticado...s pela indiferença dos autarcas, das polícias, tão desanimados porque, ao longo de tantos anos, a nossa intervenção cívica não tem surtido o efeito desejado. Depois de quarenta anos de regime democrático, seria suposto não assistir a cenas que tais...

E não deixa de ser natural e sintomático que um episódio destes nos possa deixar tão 'em baixo'. Pessoalmente, quando todos os dias «caio na trampa», a verdade é que, depois, lá arribo. Como? Pergunto, meu amigo, porque já deixei de perceber, onde vamos nós buscar esta força para continuar, esta vibração que impede a inércia.

Se calhar, é ao abraço, ao abraço sincero, não formal, que trocamos.

 
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