[sempre de acordo com a antiga ortografia]

terça-feira, 14 de julho de 2015



Ribafria,
nova esperança
 
[facebook, 25.04.2015]
 
 
Se, em 10 de Maio de 2014, fiquei autenticamente em estado de choque perante o abandono e degradação a que tinha sido votada a Quinta da Ribafria, hoje, meus caros leitores e amigos, hoje uma nova esperança se abriu, partilhada pelas dezenas e dezenas de pessoas que ali estão a afluir.
 
Ainda bem que não tiveram a experiência que acima dei conta, no contexto da visita de um grupo de sintrenses convidados da Alagamares em que me integrei. Contudo, precisamente porque não se escandalizaram com o cenário que, nessa altura vivemos, actualmente, não podem sequer ter uma noção aproximada do trabalho de 'primeira recuperação' entretanto concretizado pela Câmara Municipal de Sintra

De qualquer modo, há imenso, imenso que fazer, numa dimensão que só pode ser enquadrada pela figura da 'campanha' de obras. É bom que todos se preparem para uma campanha que vai demorar, não semanas, não meses, mas vários anos.

Algo de semelhante escrevi quando se iniciaram as obras em Monserrate, Pena, Castelo dos Mouros, Queluz, porque, pelas funções docentes que desempenhei, afins da defesa e recuperação do património natural e edificado, não posso deixar de ter uma correcta noção do tempo que estas intervenções pressupõem.

Praticamente, todas as especialidades de intervenção relativas à recuperação do património, ali podem ser exercitadas, desde cantarias, madeiras, metais azulejaria, pintura mural bem como às do restauro de jardins e parques históricos para constante benefício da Ribafria, verdadeira preciosidade que cumpre aprender a usufruir, a sós, em família, com os amigos.

Há cerca de uma hora, novamente percorrendo aqueles caminhos e aprazíveis alamedas, o que me apetecia era ficar, ficar, sossegar, gozar aquele ambiente tão retirado, pacífico, ameno, dando largas ao 'ócio'... E, afinal, tão perto do desgaste, do 'negócio' [otium / negotium].

Inequivocamente, está de parabéns a Câmara Municipal de Sintra. Este é o caminho. Mas com cuidado, extremo cuidado! Aquela preciosidade não pode ser confundida. Aquela jóia não pode ser objecto de um 'negócio' que não lhe convenha e, de todo em todo, tudo terá que ser feito no sentido de que o eventual negócio que se lhe adeque, de facto, a honre e beneficie.

É para isso que cá estamos, em movimentos cívicos organizados e preocupados com estas questões e totalmente disponíveis para dar o braço e a mão à autarquia.
 
 

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