Parques de Sintra
Obras exemplares
- mais outra importante etapa vencida
Finalizadas intervenções principais no Palácio de Monserrate
- Final da recuperação da última grande sala do percurso de visita
- Próximos passos: intervenção no piso superior, corredores e Torreão Sul
Sintra, 27 de agosto de 2015 – As principais intervenções no Palácio de Monserrate, gerido pela Parques de Sintra, encontram-se agora terminadas, com a conclusão da intervenção da Sala de Estar Indiana, que contou com um investimento de cerca de 35.000 Euros. Este era o último grande espaço do percurso de visita que ainda não tinha sofrido intervenções profundas.
O projeto nesta sala visou, como é hábito nos projetos de recuperação conduzidos pela Parques de Sintra, reconstituir e estabilizar todos os materiais, permitindo a devolução da sua coerência estética. Incluiu todas as estruturas integradas, nomeadamente a consolidação e tratamento integral da parte do teto ainda existente, a reconstituição da restante área de teto (onde foram aplicados painéis de estuque sobre reboco, suportado por pequenas fasquias de madeira pregadas às vigas), os revestimentos das paredes com os seus frisos dourados e os rodapés em estuque polido.
A Sala de Estar Indiana apresentava problemas semelhantes aos verificados nos restantes espaços do Palácio anteriormente intervencionados, como a sobreposição de camadas de tinta (aplicadas com o intuito de renovar ambientes ou tão-somente por questões de manutenção da integridade dos revestimentos) ou as degradações provenientes dos sucessivos anos sem manutenção. Acrescia ainda uma intervenção de reconstituição anterior em parte do teto, provavelmente na sequência de alterações efetuadas no piso superior, na qual não foram utilizados materiais tradicionais, nem se atendeu ao padrão da composição decorativa.
As observações indiciaram que não existia uma métrica repetitiva que permitisse a execução de um molde de dimensões razoáveis para a reprodução, pelo que se recorreu ao teto da Sala de Bilhar, de composição simétrica a este, para completar a tarefa.
Quanto ao aspeto estético final da superfície, foram removidas as várias camadas de tinta, após encontrado o método menos danoso para a camada original. Estas tinham sido aplicadas com espessura e técnica que conferiu às superfícies uma textura de difícil compreensão dos revestimentos e, simultaneamente, ocultaram o relevo dos motivos, além das cores dos fundos da composição original.
Sondagens preliminares evidenciaram a presença de cor-de-rosa escuro nas paredes lisas, e de rosa claro no fundo dos motivos em relevo. No entanto, só após a remoção completa das camadas de repinte e da realização de sondagens sistemáticas, repetidas para cada motivo decorativo, se pôde definir a cor de fundo dos paramentos. As áreas de pintura rosa ainda existentes foram utilizadas como cor base para as reintegrações cromáticas realizadas nas diversas lacunas existentes. A definição final das cores a utilizar, quando necessária a reaplicação de camada de tinta ou no caso de reintegrações, teve em conta o equilíbrio com as áreas originais.
Os frisos e apontamentos de alguns elementos revestidos a folha metálica foram, em intervenções anteriores, cobertos com novas tintas de cor, ou até tintas de imitação de folha metálica. Após a remoção de todas as tintas (imitação) que se encontravam a cobrir as zonas onde existia folha metálica, procedeu-se à sua reposição, integral ou parcial, consoante o que ficou a descoberto após a limpeza.
A moldura em madeira dourada do espelho, a lareira em mármore e o pavimento em madeira foram igualmente alvo de tratamento.
No Palácio de Monserrate está prevista agora a intervenção no piso superior, que no futuro será utilizado para exposições temporárias e para informação sobre a história do Palácio, da família Cook e das suas coleções de arte. Está igualmente prevista a intervenção de limpeza e restauro dos estuques dos corredores e do Torreão Sul.
Obras exemplares
- mais outra importante etapa vencida
Finalizadas intervenções principais no Palácio de Monserrate
- Final da recuperação da última grande sala do percurso de visita
- Próximos passos: intervenção no piso superior, corredores e Torreão Sul
Sintra, 27 de agosto de 2015 – As principais intervenções no Palácio de Monserrate, gerido pela Parques de Sintra, encontram-se agora terminadas, com a conclusão da intervenção da Sala de Estar Indiana, que contou com um investimento de cerca de 35.000 Euros. Este era o último grande espaço do percurso de visita que ainda não tinha sofrido intervenções profundas.
O projeto nesta sala visou, como é hábito nos projetos de recuperação conduzidos pela Parques de Sintra, reconstituir e estabilizar todos os materiais, permitindo a devolução da sua coerência estética. Incluiu todas as estruturas integradas, nomeadamente a consolidação e tratamento integral da parte do teto ainda existente, a reconstituição da restante área de teto (onde foram aplicados painéis de estuque sobre reboco, suportado por pequenas fasquias de madeira pregadas às vigas), os revestimentos das paredes com os seus frisos dourados e os rodapés em estuque polido.
A Sala de Estar Indiana apresentava problemas semelhantes aos verificados nos restantes espaços do Palácio anteriormente intervencionados, como a sobreposição de camadas de tinta (aplicadas com o intuito de renovar ambientes ou tão-somente por questões de manutenção da integridade dos revestimentos) ou as degradações provenientes dos sucessivos anos sem manutenção. Acrescia ainda uma intervenção de reconstituição anterior em parte do teto, provavelmente na sequência de alterações efetuadas no piso superior, na qual não foram utilizados materiais tradicionais, nem se atendeu ao padrão da composição decorativa.
As observações indiciaram que não existia uma métrica repetitiva que permitisse a execução de um molde de dimensões razoáveis para a reprodução, pelo que se recorreu ao teto da Sala de Bilhar, de composição simétrica a este, para completar a tarefa.
Quanto ao aspeto estético final da superfície, foram removidas as várias camadas de tinta, após encontrado o método menos danoso para a camada original. Estas tinham sido aplicadas com espessura e técnica que conferiu às superfícies uma textura de difícil compreensão dos revestimentos e, simultaneamente, ocultaram o relevo dos motivos, além das cores dos fundos da composição original.
Sondagens preliminares evidenciaram a presença de cor-de-rosa escuro nas paredes lisas, e de rosa claro no fundo dos motivos em relevo. No entanto, só após a remoção completa das camadas de repinte e da realização de sondagens sistemáticas, repetidas para cada motivo decorativo, se pôde definir a cor de fundo dos paramentos. As áreas de pintura rosa ainda existentes foram utilizadas como cor base para as reintegrações cromáticas realizadas nas diversas lacunas existentes. A definição final das cores a utilizar, quando necessária a reaplicação de camada de tinta ou no caso de reintegrações, teve em conta o equilíbrio com as áreas originais.
Os frisos e apontamentos de alguns elementos revestidos a folha metálica foram, em intervenções anteriores, cobertos com novas tintas de cor, ou até tintas de imitação de folha metálica. Após a remoção de todas as tintas (imitação) que se encontravam a cobrir as zonas onde existia folha metálica, procedeu-se à sua reposição, integral ou parcial, consoante o que ficou a descoberto após a limpeza.
A moldura em madeira dourada do espelho, a lareira em mármore e o pavimento em madeira foram igualmente alvo de tratamento.
No Palácio de Monserrate está prevista agora a intervenção no piso superior, que no futuro será utilizado para exposições temporárias e para informação sobre a história do Palácio, da família Cook e das suas coleções de arte. Está igualmente prevista a intervenção de limpeza e restauro dos estuques dos corredores e do Torreão Sul.
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