[sempre de acordo com a antiga ortografia]

terça-feira, 8 de setembro de 2015



Emília Reis


O meu amigo João Cachado, partilhou no passado sábado, na sua página, a minha publicação sobre “Fragmentos…Tempo…Memórias…” que está na Sala da Folha, em Colares, e teceu algumas palavras em que associava o espírito desses meus trabalhos com um “Notturno em Sol Menor” de Fanny Mendelssohn. Depois explicou-me melhor o porquê da sua escolha no pequeno texto que a seguir transcrevo.
 
Porque ‘sentiu', na perfeição, o 'meu sentir’, se assim se pode dizer, independentemente da qu...alidade estética que estas caixas de registo possam conter, deixou-me sem palavras ...
MUITO OBRIGADA, João (
João De Oliveira Cachado )
 
 
"Não Emília, não é apenas a questão do tempo. A analogia destes seus trabalhos com a peça de Fanny Mendelssohn é muito mais forte e coincidente. Na peça musical, este Notturno, Fanny Mendelssohn trabalha a partir de Sol menor que, muitas pessoas desconhecem, é uma tonalidade de Morte. Não da Morte a partir da qual nada existe mas da Morte que abre para uma saída outra. A propósito, creio que não me enganarei se, ao lembrar a celebérrima Sinfonia No. 40 de Mozart, estarei apontando a mais desafiante das peças nesta tonalidade de toda a História da Música. Pois, precisamente, escrita umas décadas antes, é uma obra da mesma índole. No seu caso, o que a minha amiga faz é arrancar estes fios, fragmentos, tecidos, da mortal letargia em que permaneciam para lhes conferir vida outra, nova, um encanto para privilégio de alguns «iniciados» que entendem o requinte da sua proposta. O seu é um lavor muito idêntico. Tocados pela sua mão, passaram a uma existência noutra dimensão. Fique sabendo que pensei um bom bocado antes de propor a articulação que considerei com maior afinidade...”
João Cachado


://youtu.be/ti1eZ2B63Ro
 
 
 

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