[sempre de acordo com a antiga ortografia]

segunda-feira, 26 de outubro de 2015



Ao Pedro Maria, meu neto
no dia em que conta onze anos
 
[facebook, 25.10.2015]
 
 
"Porque toda a carne é como a erva, e toda a glória do homem como a flor da erva. A erva seca e a flor cai."
 
[1. São Pedro 1, 24]


A transitoriedade e o carácter efémero da vida constituem matizes de um mesmo quadro de referência, nos termos do qual o apelo ao lúcido e inevitável despojamento da matéria é coisa absolutamente decisiva, para ser atendida e posta em prática em todos os tempos, de tal modo que prevaleça o espírito e que, liberto este das amarras dos bens tangíveis, possa aceder à Arte, à Beleza, ao Conhecimento, como sublimes atributos da própria ideia da divindade.

Em dia de celebrar o futuro, penso nos meninos que, aqui perto e em todas as latitudes, também hoje, vivem e morrem a anos luz destas preocupações. E, de facto, assim é porque nos vamos esquecendo de que “(…) a glória do homem é como a flor da erva (…)”

Palavras de Pedro, santo homónimo do meu neto, o mais «humano» dos santos, palavras que lembro em tempos pouco propícios à sua assunção
 
 

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