[sempre de acordo com a antiga ortografia]

sexta-feira, 2 de outubro de 2015


ingénuas contas,
inevitáveis conclusões





Se a última sondagem aponta para um resultado de 37,2% da coligação da direita, tal significaria que 62,8% dos eleitores não concordam com as propostas dos dois partidos! Mais: se, naquele resultado de 37,2%, tivermos em consideração que vinte e tal por cento corresponderão aos eleitores do PPD e os restantes aos do CDS, só poderíamos concluir que o PS, com 32,9%, arrecadaria a maioria dos votos.


Se eu e tantos portugueses fazemos esta leitura, natural será que, apesar de muito limitado, o PR também não possa deixar de assim interpretar, se os resultados das urnas corresponderem à falcatrua condicionante destas sondagens. Enfim, está-se mesmo a ver a razão pela qual, durante a manhã de hoje, Coelho e Portas até admitiram constituir um grupo parlamentar único em São Bento...


Tal como acima expresso, espero que os eleitores - mesmo os «Maria-vai-com-as-outras», que sempre procuram alinhar com os apontados como vencedores - não se deixem condicionar por esta treta de sondagens, que, de tão problemática e duvidosa qualidade, chegam a suscitar dó por quem nelas acredite...


À esquerda, ainda há quem duvide da solução única?


Por outro lado, ainda espero que, apesar dos ataques ao PS - que, talvez, até tenham ultrapassado a fasquia da razoabilidade que seria de esperar - a CDU e o BE saibam manter os indispensáveis canais de entendimento e, inequivocamente, se disponham a viabilizar a única maneira de afastar do poder quem tão incompetente se revelou durante quatro anos de governo escusadamente cruel.

 
Por estas «vias de pragmática lucidez» passa um inequívoco sentimento de patriotismo que não sinto seja reclamado em hora tão crítica. Além de tudo o mais, este também será momento propício para analisar quem está à altura das circunstâncias.

 

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