20 de Novembro de 1915
Nascimento de Madalena de Sá e Costa
Nascimento de Madalena de Sá e Costa
Na altura em que tão empenhado tenho andado na fase de acabamento do filme biográfico de Nella Maissa, a pianista que nos deixou em 2014, já depois de ter comemorado o centenário, eis que chega o dia de dar os parabéns a Senhora D. Madalena que chega a mesma idade.
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Nasceu numa família de fortes tradições musicais, filha do pianista e compositor Luiz Costa (1879-1960) e da pianista Leonilde Moreira de Sá (1882-1964), por sua vez filha de Bernardo Valentim Moreira de Sá (1853-1924), ilustre violinista, maestro e pedagogo, fundador do Orpheon Portuense e do Conservatório de Música do Porto.
Aluna e amiga de Guilhermina Suggia, amiga de Pablo Casals, devemos-lhe momentos de grande elevação artística, nomeadamente, a duo com sua irmã, a grande pianista Helena de Sá e Costa. Recordemo-la numa das últimas oportunidades em que foi possível ouvi-la publicamente.
Boa Audição!
https://youtu.be/SV-nNjPkBPs
________________
Permitam que, a propósito, também lembre o famoso poema de Camilo Pessanha.
VIOLONCELO
Chorai arcadas
Do violoncelo!
Convulsionadas,
Pontes aladas
De pesadelo...
De que esvoaçam,
Brancos, os arcos...
Por baixo passam,
Se despedaçam,
No rio, os barcos.
Fundas, soluçam
Caudais de choro...
Que ruínas, (ouçam)!
Se se debruçam,
Que sorvedouro!...
Trémulos astros...
Soidões lacustres...
— Lemos e mastros...
E os alabastros
Dos balaústres!
Urnas quebradas!
Blocos de gelo...
— Chorai arcadas,
Despedaçadas,
Do violoncelo.
[Clépsidra]
Aluna e amiga de Guilhermina Suggia, amiga de Pablo Casals, devemos-lhe momentos de grande elevação artística, nomeadamente, a duo com sua irmã, a grande pianista Helena de Sá e Costa. Recordemo-la numa das últimas oportunidades em que foi possível ouvi-la publicamente.
Boa Audição!
https://youtu.be/SV-nNjPkBPs
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Permitam que, a propósito, também lembre o famoso poema de Camilo Pessanha.
VIOLONCELO
Chorai arcadas
Do violoncelo!
Convulsionadas,
Pontes aladas
De pesadelo...
De que esvoaçam,
Brancos, os arcos...
Por baixo passam,
Se despedaçam,
No rio, os barcos.
Fundas, soluçam
Caudais de choro...
Que ruínas, (ouçam)!
Se se debruçam,
Que sorvedouro!...
Trémulos astros...
Soidões lacustres...
— Lemos e mastros...
E os alabastros
Dos balaústres!
Urnas quebradas!
Blocos de gelo...
— Chorai arcadas,
Despedaçadas,
Do violoncelo.
[Clépsidra]
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