[sempre de acordo com a antiga ortografia]

terça-feira, 10 de novembro de 2015



A coisa vai dar certa, pá!

[publicado no facebook em 09.11.2015]


Se, em termos históricos, quarenta anos nada é, já em tempo vivido é o bastante para a concreta certeza dos filhos e dos netos e para que a comunidade tivesse feito projectos de melhoria das condições de vida, algo que tem tardado demais, em especial para as famílias dos mais fragilizados.
 
De facto quem pode afirmar que as 'coisas até não estão mal', como a torto e a direito se ouve, quando, após quatro longos anos da mais cruel austeridade, nenhum... sacrifício valeu a pena, constatação confirmada por todos os índices socioeconómicos, numa crua demonstração do descalabro do empobrecimento, do aumento exponecial da dívida, duma emigração galopante como jamais se viu, da baixa de qualidade de vida em todos os domínios?

No passado fim de semana, no monte, durante a primeira etapa da apanha da nossa azeitona, a conversa dominante foi toda sobre a perspectiva do desfecho positivo das negociações entre o PS e os partidos à sua esquerda com assento parlamentar.

Brincando, rindo e sorrindo, mais a sério, ouvindo e comentando os noticiários, era já uma certa e incontida alegria que partilhávamos com o Senhor Augusto, que tanto nos ajuda, alguém que já adoptámos, como se fosse da família.

De esquerda e confiante no bom resultado - que, finalmente, todos tivemos o gosto de confirmar e celebrar ontem à noite - a minha gente anda a viver um tempo que é advento de novos tempos. Percebo, n os seus quarenta anos, a consciência de que poderão ser protagonistas de uma nova fase da vida política nacional., com os melhores augúrios.

Com a minha mulher, observando filhas, genros, netos, sobrinhos e sobrinhos-netos, comovemo-nos com esta nova possibilidade de «a coisa» ter de acertar! Finalmente, tão concreta, esta percepção de que os votos de todos os eleitores valem exactamente o mesmo. Parecendo que não, afinal, levou quarenta anos a perceber!...

 

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