[sempre de acordo com a antiga ortografia]

terça-feira, 22 de dezembro de 2015




Postal de Natal


Eis uma imagem - que pretendi não fotográfica - da Casa Cadaval no Ribatejo, lembrando que, afinal, tanto a Quinta da Piedade, em Sintra, como a propriedade de Muge, são espaços indissociáveis da memória da Senhora Marquesa de Cadaval.

Estas quintas, grandes solares e outros bens por essa Europa fora, como o famoso Pallazo Mocenigo, no Grande Canal de Veneza, constituem um património fabuloso que conviviam muito bem com o desprendimento de Dona Olga das coisas materiais, o autêntico despojamento de alguém que vivia para servir quem pudesse beneficiar do seu intermédio.

À medida que o tempo passa, num tempo em que tudo adquire valor de mercado, cada vez mais, sinto maior gosto em recordar o exemplo desta senhora que, na opinião de Jorge Sampaio, ex-Presidente da República, seu amigo pessoal, foi a mais desinteressada mecenas.

Lembrá-la também é ter presente a plêiade dos mais insignes músicos cujo patrocínio protagonizou, tão abundantemente. Por exemplo, Nikita Magaloff, que, tantas vezes, tocou em sucessivas edições do Festival de Sintra. Ah, tantas vezes ouvi a sua interpretação do Nocturno em Si bemol menor, Op. 9 No. 1 de Chopin!...

Esta a peça, nas mãos de Magaloff, que passo a partilhar neste bilhete-postal de Natal. Quase 7 minutos de fascínio. E, neste novelo de memórias, as casas, as casas, e quem por elas passou, quem as portas nos abriu para habitar a Arte. Pois não, não era para visitar...

Boa Audição!

https://youtu.be/R-2_IJ1EJmc
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