[sempre de acordo com a antiga ortografia]

terça-feira, 19 de janeiro de 2016



Maria Almira Medina


Aos 95 anos, morreu ontem, em casa, pelas 22.00 horas. Era mãe do meu cunhado, Arq. e escritor António João Medina Mouzinho e avó dos meus queridos sobrinhos Francisco Mouzinho, Margarida Mouzinho e de Mariana Mouzinho a quem deixo o que eles sabem ser a mais profunda e sincera expressão de companhia.

A Maria Almira não era pessoa para pêsames nem pesares. Conheci-a há quase cinquenta anos. Pouco será dizer que era um vendavai. Não um vendaval destruidor m...as dos que são necessários para que a Vida continue. Era o vendaval de todas as lutas em que se envolveu. E foram muitas.

Professora, poeta, ceramista, caricaturista, artista multifacetada, sempre em demanda de novas linguagens, como a dos tecidos que, pelas suas mãos, passavam a falar... Não era pessoa fácil como, aliás, não são «fáceis» as pessoas que valem a pena. Quase cem anos de vida cheia. Recordo a multiplicidade dos amores da sua vida que «desaguaram» no Jorge Cardoso, seu quinto e último marido a quem deixo uma palavra muito amiga.

Ao partilhar convosco este que, para mim, só pode ser um momento de Vida, eis dois documentos, referentes a um mesmo dia. Enquadram-se numa luta já ganha na altura, da recuperação do Chalet da Condessa. Esta, talvez, o protótipo da atitude que mais a definia. Luta. Eis lição que deixa a várias gerações de familiares, amigos, alunos, cidadãos anónimos de Sintra para quem ela também era um símbolo desta terra.

Até já, Maria Almira.
 
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