[sempre de acordo com a antiga ortografia]

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016





Talvez um dia


Algo toscamente, porque ainda muito me custa falar acerca dele e das relações de trabalho e de amizade que nos ligaram durante anos, há apenas dois dias, explicava eu aos meus amigos João Rodil e Fernando Morais Gomes que razões me continuarão impedindo de dar o testemunho desses dias tã interessantes.

Fundamentalmente, creio eu, a minha atitude - de rejeição em participar em iniciativas cujo objectivo é recordar o sábio e o seu magistério - ainda radica na ge...ral hipocrisia que interpretei no modo como ele próprio e a sua mensagem eram recebidos em certos meios que, depois da sua morte, jamais assumiram a posição de distanciamento que tinham mantido em relação ao «primário», «visionário» e «louco» velhote...

George Agostinho da Silva chegou a ser negligenciado. Sim, estão a ler bem. Sem ter quem cuidasse das suas necessidades mais imediatas, como alimentação e higiene. Não imaginavam? Pois aconteceu. Pessoas importantes que, por um lado, o incensavam, por outro, foram incapazes de proporcionar condições quase de subsistência.

E, não, não me refiro a consequências da sua proverbial e consabida relutância em se enquadrar, nem ao episódio do Bilhete de Identidade. Refiro-me, isso sim, a faltas de consideração mascaradas de uma sobranceria «tolerante» que raiava a mais vidente falta de «boas maneiras», deixem-me assim escrever...

Enfim, por aqui me fico porque, muito não faltaria para começar a nomear. E não, isso não quero mesmo.
 
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“No político, distingo dois momentos, o do presente e o do futuro. Principiando pelo segundo desejo o desaparecimento do Estado, da Economia, da Educação, da…
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