14 de Março de 2 0 1 4 !!
No coração de Sintra,
que ilusão!
[publicado no facebook em 14.03.2016]
Foi o próprio facebook que se encarregou de me lembrar que, há dois anos, aqui tratei este assunto. Sintra, Sintra, embora as fotos remetam para o 'Casal de São Domingos' - uma triste nódoa na paisagem urbana na zona da Estefânea, bem no coração da sede do concelho - a questão é bem mais abrangente. Entre outros, coloca-se um problema sério, mesmo grave, qual seja o do crédito da palavra dos autarcas, neste caso, do próprio Presidente da Câmara Municipal de Sintra.
Terão de ler o texto para perceberem o extremo incómodo em que me encontro. De facto, chega a ser penoso voltar a partilhar palavras que foram de uma imensa esperança, de confiança, de ânimo, alegria que, mais uma vez, se transformaram em desconsolo indescritível. Para já, no entanto, que fique bem patente a convicção pessoal de não ter a mínima razão para pôr em causa a boa vontade do Dr. Basílio Horta.
Há dois anos, quando me telefonou a anunciar boas notícias, também não tive a menor dúvida acerca das suas melhores intenções. Porém, o inexorável curso do tempo, traduzido em dias, semanas, meses e anos, na ausência das prometidas intervenções de beneficiação, vai compondo um quadro de degradação, pelo qual passo todos os dias, que contraria, do modo mais doloroso, a vontade de quem detém o poder e a autoridade democrática bastante para alterar o statu quo.
E, como todos bem sabemos, aos dois anos a que o texto se reporta (já mais de dois anos e meio de mandato), temos de somar décadas de mal-estar, de abandono geracional, absolutamente incompatível com as exigências de lugares que, não tendo marcas de subúrbio, nem de desalmado betão, nem de desconsoladora clandestinidade, antes fazem parte de uma área de privilégio, merecedora de específicos cuidados, adiados, adiadíssimos, porque 'Sintra não é só Estefânea, Vila Velha e o velho e atraente miolo cordial de São Pedro'...
Mas, desculparão a insistência, leiam - ou voltem a ler - porque, entretanto, já terão esquecido. Percebam o estado de desânimo de quem partilha convosco estas linhas se bem que não deixe de ter em consideração a surpresa que o Senhor Presidente da Câmara tem demonstrado perante a morosidade dos processos administrativos que emperram a solução de assuntos, entre os quais este a que as fotos se reportam, tornado paradigma.
De qualquer modo, se bem entendo o novelo de contradições em que todos estamos enredados, não vejo outra saída além da que subscrevi, na conclusão de um artigo publicado na edição de 26 de Fevereiro do 'Jornal de Sintra', que passo a citar:
"(...) Embora com o risco de que seja entendida como simplista ou redutora, a solução passa pela assunção plena, por parte de executivo municipal, de um dos grandes princípios da Democracia e do Estado Democrático de Direito, qual seja o do inequívoco exercício da autoridade democrática que detém para cumprir e fazer cumprir as leis em vigor.
Se tal estivesse a acontecer, em vez da institucionalizada cultura do desleixo, que subjaz a todas, todas as situações anteriormente referidas, razões não teríamos para manifestar estes desgostos."
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No coração de Sintra,
que ilusão!
[publicado no facebook em 14.03.2016]
Foi o próprio facebook que se encarregou de me lembrar que, há dois anos, aqui tratei este assunto. Sintra, Sintra, embora as fotos remetam para o 'Casal de São Domingos' - uma triste nódoa na paisagem urbana na zona da Estefânea, bem no coração da sede do concelho - a questão é bem mais abrangente. Entre outros, coloca-se um problema sério, mesmo grave, qual seja o do crédito da palavra dos autarcas, neste caso, do próprio Presidente da Câmara Municipal de Sintra.
Terão de ler o texto para perceberem o extremo incómodo em que me encontro. De facto, chega a ser penoso voltar a partilhar palavras que foram de uma imensa esperança, de confiança, de ânimo, alegria que, mais uma vez, se transformaram em desconsolo indescritível. Para já, no entanto, que fique bem patente a convicção pessoal de não ter a mínima razão para pôr em causa a boa vontade do Dr. Basílio Horta.
Há dois anos, quando me telefonou a anunciar boas notícias, também não tive a menor dúvida acerca das suas melhores intenções. Porém, o inexorável curso do tempo, traduzido em dias, semanas, meses e anos, na ausência das prometidas intervenções de beneficiação, vai compondo um quadro de degradação, pelo qual passo todos os dias, que contraria, do modo mais doloroso, a vontade de quem detém o poder e a autoridade democrática bastante para alterar o statu quo.
E, como todos bem sabemos, aos dois anos a que o texto se reporta (já mais de dois anos e meio de mandato), temos de somar décadas de mal-estar, de abandono geracional, absolutamente incompatível com as exigências de lugares que, não tendo marcas de subúrbio, nem de desalmado betão, nem de desconsoladora clandestinidade, antes fazem parte de uma área de privilégio, merecedora de específicos cuidados, adiados, adiadíssimos, porque 'Sintra não é só Estefânea, Vila Velha e o velho e atraente miolo cordial de São Pedro'...
Mas, desculparão a insistência, leiam - ou voltem a ler - porque, entretanto, já terão esquecido. Percebam o estado de desânimo de quem partilha convosco estas linhas se bem que não deixe de ter em consideração a surpresa que o Senhor Presidente da Câmara tem demonstrado perante a morosidade dos processos administrativos que emperram a solução de assuntos, entre os quais este a que as fotos se reportam, tornado paradigma.
De qualquer modo, se bem entendo o novelo de contradições em que todos estamos enredados, não vejo outra saída além da que subscrevi, na conclusão de um artigo publicado na edição de 26 de Fevereiro do 'Jornal de Sintra', que passo a citar:
"(...) Embora com o risco de que seja entendida como simplista ou redutora, a solução passa pela assunção plena, por parte de executivo municipal, de um dos grandes princípios da Democracia e do Estado Democrático de Direito, qual seja o do inequívoco exercício da autoridade democrática que detém para cumprir e fazer cumprir as leis em vigor.
Se tal estivesse a acontecer, em vez da institucionalizada cultura do desleixo, que subjaz a todas, todas as situações anteriormente referidas, razões não teríamos para manifestar estes desgostos."
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Excelente notícia
CASAL DE SÃO DOMINGOS
No passado dia 28 de Fevereiro, o 'Jornal de Sintra' publicou o meu artigo "Defesa do Património, coerência de propósito...s", que para este meu mural do facebook, blogues sintradoavesso e sintradeambulada, foi transcrito em 1 de Março.
CASAL DE SÃO DOMINGOS
No passado dia 28 de Fevereiro, o 'Jornal de Sintra' publicou o meu artigo "Defesa do Património, coerência de propósito...s", que para este meu mural do facebook, blogues sintradoavesso e sintradeambulada, foi transcrito em 1 de Março.
Ora, precisamente naquele dia 28 de Fevereiro, depois de ter lido o meu texto, o próprio Presidente da Câmara Municipal de Sintra me contactou durante a tarde. Numa atitude que muito me sensibilizou pelo significado que encerra - não em relação a mim como signatário mas, isso sim, pelo respeito que lhe merece a intervenção cívica de cidadãos que se preocupam com situações de degradação incompatíveis com o que Sintra merece - o Dr. Bassílio Horta pretendeu dar um sinal que cumpre salientar.
Disse-me querer manifestar como bem compreendia as denúncias que eu tinha apontado, aproveitando a oportunidade para informar que, relativamente a um dos assuntos por mim aludidos, já ele tinha uma boa notícia para dar. Pois bem, para melhor enquadramento do que se segue, lembrar-vos-ei que, referindo casos da designada «Cultura do Desleixo», como o do Vale da Raposa e fontanários da Estrada Velha de Colares, também escrevia eu que:
"(...) Dentre alguns assuntos que, 'en passant', aproveitaria para chamar a atenção do Dr. Basílio Horta durante o percurso pela Alfredo da Costa, avulta o do Casal de São Domingos cuja visível degradação é espelho do que se passa no interior e nos infelizes anexos do jardim. É uma lástima que merece a urgência de uma intervenção adequada. (...)"
Então, a boa notícia é sobre o Casal de São Domingos. Ali será instalada a sede da Empresa Pública Municipal de Estacionamento de Sintra. Vai acabar aquele estado de degradação do edifício e pequeno jardim anexo [vd. 7 fotos anexas] que tanta causa tem sido de negativos reparos quer de munícipes quer de forasteiros que por ali passam e não podem deixar de lamentar o que é tão patente.
Durante a conversa em apreço, o Senhor Presidente também me sossegou quanto às medidas que ia tomar relativamente ao Vale da Raposa e fontanários cujo estado de descuido era bem evidente nas fotos que ilustravam o artigo. Naturalmente, não posso deixar de partilhar convosco o regozijo que me anima e os concretos sinais que parece poderem animar-nos. Oxalá que a boa vontade do Presidente não encontre quem lhe faça contravapor.
Ver MaisDisse-me querer manifestar como bem compreendia as denúncias que eu tinha apontado, aproveitando a oportunidade para informar que, relativamente a um dos assuntos por mim aludidos, já ele tinha uma boa notícia para dar. Pois bem, para melhor enquadramento do que se segue, lembrar-vos-ei que, referindo casos da designada «Cultura do Desleixo», como o do Vale da Raposa e fontanários da Estrada Velha de Colares, também escrevia eu que:
"(...) Dentre alguns assuntos que, 'en passant', aproveitaria para chamar a atenção do Dr. Basílio Horta durante o percurso pela Alfredo da Costa, avulta o do Casal de São Domingos cuja visível degradação é espelho do que se passa no interior e nos infelizes anexos do jardim. É uma lástima que merece a urgência de uma intervenção adequada. (...)"
Então, a boa notícia é sobre o Casal de São Domingos. Ali será instalada a sede da Empresa Pública Municipal de Estacionamento de Sintra. Vai acabar aquele estado de degradação do edifício e pequeno jardim anexo [vd. 7 fotos anexas] que tanta causa tem sido de negativos reparos quer de munícipes quer de forasteiros que por ali passam e não podem deixar de lamentar o que é tão patente.
Durante a conversa em apreço, o Senhor Presidente também me sossegou quanto às medidas que ia tomar relativamente ao Vale da Raposa e fontanários cujo estado de descuido era bem evidente nas fotos que ilustravam o artigo. Naturalmente, não posso deixar de partilhar convosco o regozijo que me anima e os concretos sinais que parece poderem animar-nos. Oxalá que a boa vontade do Presidente não encontre quem lhe faça contravapor.
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