[sempre de acordo com a antiga ortografia]

segunda-feira, 14 de março de 2016


Emilia Reis,
testemunho único


[publicado no facebook em 09.03.2016]

Hoje em dia, Emilia Reis talvez seja a única pessoa que, com a sua pessoal experiência daqueles dias, senhora da sofisticada sensibilidade de que beneficiamos quotidianamente, na sua profunda relação com as questões afectas à preservação do património natural e edificado - jamais caindo em discurso corrosivo - e guardiã de memórias únicas, talvez seja a única pessoa, escrevia eu, que, com tanta pertinência, tão obviamente, nos possa transmitir tal vivência.

Brincando um pouco com a 'provecta idade' que vou tendo, permitam que, no contexto do assalto de cada vez mais frequentes e tão sinceras emoções, aproveite a oportunidade para partilhar convosco o testemunho de gratidão devido a esta nossa querida amiga, discreta poeta dos dias de Sintra a quem Sintra tanto deve.
 
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Como é o dia da mulher aqui deixo uma foto tirada no Parque da Pena junto do Chalet da Condessa, julgo que em 1956.
Eram as meninas de então que frequentavam a ...Colónia de Férias, possivelmente em Agosto desse ano e preparavam os arranjos de flores para enfeitar a capela (Sala das Heras) e a casa. Grandes braçadas de hortensias e, muitas vezes, dálias coloridas que íamos buscar à Quinta de Vale Flor porque, no Parque da Pena não podiamos colher flores.
A foto é de má qualidade porque o original tem uma dimensão muito pequena, mas, pode imaginar-se a alegria e o entusiasmo que reinavavam naquela maravilhosa casa nos meses de Verão.
As meninas, essas, são hoje avós e algumas delas já não estão por cá.
 
 
 

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