Fonte dos Pisões
Entre Lawrence's e Quinta da Regaleira.
Imagens recentes, colhidas na Semana Santa.
Entre Lawrence's e Quinta da Regaleira.
Imagens recentes, colhidas na Semana Santa.
Tão descuidada!
Que desconsolo!...
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Com a devida vénia, passo a transcrever informação publicada na "Tritão, Revista de História, Arte e Património", No. 2:
"A actual Fonte dos Pisões foi erigida pela Comissão de Iniciativa de Turismo de Sintra, em 1931, e substituiu anterior tanque, com cronologia remontável, pelo menos, à era de quinhentos, subsistindo a memória documental de ali se terem efectuado trabalhos de beneficiação já em 1651, aquando da visita de D. Luísa de Gusmão a Sintra: «Fontes — Item Com os oficiais E trabalhadores q Consertarão a fonte (...) dos pisões E a limparão».
O fontanário existente foi projectado pelo Mestre José da Fonseca e desenvolve-se a partir de estrutura semi-circular, à qual se acede através de escadeado baixo. O espaldar, ladeado por bancos corridos, está profusamente ornado com coloridos motivos geometrizantes insculpidos na própria argamassa. Ao centro, rasga-se grande círculo enquadrado pelo rectilíneo alteamento do frontal patenteando painéis azulejares, assinados pela F.CA Ceramica Constancia — Lisboa, de polícroma e rotunda ornamentação.
Ali, naquela circunferência, desenvolve-se o frontal propriamente dito, de inspiração renascentista, inscrito em conjunto cerâmico e conjugando fundos lisos e friso florais, de onde emerge baixo-relevo, no qual, por entre folhagem, se animam putti, sentados numa elevação, bebendo água ou carreando pequenas bilhas e, ao centro, um outro, de pé, segura uma faixa onde se lê: SALVE. Trata-se, pois, de um elogio à água, à salubérrima água de Sintra.
Logo abaixo desta animada composição escultórica, o “monte” que sustém os putti transmuda-se na parte superior da bica por onde corre, abundante, o fresco e cristalino líquido que cai em gomada taça rectangular que, por sua vez, liberta a água para o bem aguachado tanque rasteiro destinado aos animais.
Segundo o Padre Sebastião Nunes Borges, na respectiva Memória Paroquial de 22 de Abril de 1758, a Fonte dos Pisões situava-se na saída da estrada de Sintra para Colares e apresentava uma maior corrente no Inverno, regando a sua água os pomares cimeiros, sendo aproveitada pela maioria dos moradores da vila."
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[Com especial dedicatória ao meu querido amigo Sergio Gonçalves]
Ver MaisQue desconsolo!...
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Com a devida vénia, passo a transcrever informação publicada na "Tritão, Revista de História, Arte e Património", No. 2:
"A actual Fonte dos Pisões foi erigida pela Comissão de Iniciativa de Turismo de Sintra, em 1931, e substituiu anterior tanque, com cronologia remontável, pelo menos, à era de quinhentos, subsistindo a memória documental de ali se terem efectuado trabalhos de beneficiação já em 1651, aquando da visita de D. Luísa de Gusmão a Sintra: «Fontes — Item Com os oficiais E trabalhadores q Consertarão a fonte (...) dos pisões E a limparão».
O fontanário existente foi projectado pelo Mestre José da Fonseca e desenvolve-se a partir de estrutura semi-circular, à qual se acede através de escadeado baixo. O espaldar, ladeado por bancos corridos, está profusamente ornado com coloridos motivos geometrizantes insculpidos na própria argamassa. Ao centro, rasga-se grande círculo enquadrado pelo rectilíneo alteamento do frontal patenteando painéis azulejares, assinados pela F.CA Ceramica Constancia — Lisboa, de polícroma e rotunda ornamentação.
Ali, naquela circunferência, desenvolve-se o frontal propriamente dito, de inspiração renascentista, inscrito em conjunto cerâmico e conjugando fundos lisos e friso florais, de onde emerge baixo-relevo, no qual, por entre folhagem, se animam putti, sentados numa elevação, bebendo água ou carreando pequenas bilhas e, ao centro, um outro, de pé, segura uma faixa onde se lê: SALVE. Trata-se, pois, de um elogio à água, à salubérrima água de Sintra.
Logo abaixo desta animada composição escultórica, o “monte” que sustém os putti transmuda-se na parte superior da bica por onde corre, abundante, o fresco e cristalino líquido que cai em gomada taça rectangular que, por sua vez, liberta a água para o bem aguachado tanque rasteiro destinado aos animais.
Segundo o Padre Sebastião Nunes Borges, na respectiva Memória Paroquial de 22 de Abril de 1758, a Fonte dos Pisões situava-se na saída da estrada de Sintra para Colares e apresentava uma maior corrente no Inverno, regando a sua água os pomares cimeiros, sendo aproveitada pela maioria dos moradores da vila."
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[Com especial dedicatória ao meu querido amigo Sergio Gonçalves]
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