Sintra do avesso
João Cachado
[sempre de acordo com a antiga ortografia]
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017
Inacreditável!
Estado de permanente perplexidade
A Câmara Municipal de Sintra fez obras no coração da sede do concelho, na Estefânea, em plena Av. Heliodoro Salgado, nos seus segmentos ascendente e descendente - com o edifício do Casino e agência da Caixa Geral de Depósitos à direita de cada um dos respectivos lados - substituindo a calçada grossa existente no pavimento degradado por tapete betuminoso.
Tudo bem? De modo algum! Primeiramente - e para poder escrever o que passo a partilhar, fui confirmar à Junta de Freguesia - esteve prevista a remoção do separador entre as duas rodovias que dificulta a circulação dos veículos pesados de carga e passageiros cujos motoristas, muito frequentemente, mormente nas curvas, não conseguem evitar que o rodado 'pise' o que lá está a estorvar. Esteve prevista mas, pelos vistos,
encolheram-se
...
Em segundo lugar, a grande perplexidade que sobra desta intervenção. Não, não me refiro ao não cumprimento da promessa do prolongamento da circulação do carro-eléctrico entre a Vila Alda e a estação da CP, que, em 18 de Julho de 2015, os Senhores Vice-Presidente e Vereador com o pelouro da Mobilidade Urbana apresentaram aos representantes de três associações cívicas e culturais entre os quais estive incluído.
Afirmaram e confirmaram os dois autarcas que, no âmbito de tal obra de prolongamento da linha, se procederia à substituição dos pavimentos da Av. Heliodoro Salgado, na rodovia e parte pedonal que, naturalmente, assim seriam requalificados. Enfim, claro que era para não cumprir, aliás, como já tínhamos previsto…
Como é que, já no segundo semestre de 2015, podiam prometer que, até ao fim do seu mandato, a obra estaria pronta, na ausência de qualquer procedimento prévio? A verdade, contudo, é que nu-lo disseram e insistiram! Aliás, precisamente na mesma reunião, como também nos informaram que, no Verão de 2016, já qualquer condutor provindo de Cascais, Lisboa e Colares, disporia de painéis electrónicos instalados nas vias, indicando os parques periféricos pelos quais, preferencialmente, deveria optar… Parece impossível como, a um tempo, a actuação de autarcas responsáveis pode ser tão enganadora e frustrante!...
Voltemos à grande perplexidade que referi no início do terceiro parágrafo. Alguém entende que, tendo concretizado a obra acima descrita, a Câmara Municipal de Sintra não tivesse intervindo na rotunda adjacente? Pois é verdade! Tudo acontece naquele largo horroroso, onde pontifica a designada ‘fonte cibernética’,equipamento caríssimo, há anos abandonado, não se imaginando o estado da maquinaria.
Repito. Alguém entende como é que, perante um piso de ‘calçada grossa’ que continua tão degradado como estava o que foi substituído nos segmentos referidos, a Câmara Municipal de Sintra tenha sido capaz de não continuar e concluir o que, de todo em todo, não era possível deixar de concretizar?
Pois é verdade. Por muito inacreditável que vos pareça…
[foto da Câmara Municipal de Sintra]
Parte inferior do formu
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