[sempre de acordo com a antiga ortografia]

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018




Correnteza em recuperação !


Nos últimos dias, a Câmara Municipal de Sintra tem estado a concretizar trabalhos de recuperação daquele lindíssimo, ondulante, pavimento da Correnteza.
Era perfeitamente lamentável o estado a que tinha chegado aquela impressiva varanda sobre a Vila de Sintra. Havia, contei eu oportunamente, entre maiores e menores, vinte e um locais onde, pura e simplesmente, deixara de haver pedras, portanto, lamentáveis e até perigosos buracos.
Em mensagem a Rui Pereira, Vice-Presidente da Câmara, solicitei que interviesse a montante, atacando uma das causas, com o objectivo de impedir que os feirantes do mercado brocante, que ali funciona nos primeiro e terceiro Sábados de cada mês, entrassem com as suas viaturas no recinto para procederem a cargas e descargas.
Naturalmente, também vítima das raízes das espécies arbóreas ali presentes, a calçada não pode ser alvo daquela prática de circulação das referidas viaturas. Na referida mensagem, além deste abuso incomportável, e ainda acerca do referido mercado quinzenal, referi uma outra circunstância deveras preocupante.
Acontece que uma significativa parte dos feirantes se assenhorearam do segmento inicial da Av. Dr. Alfredo da Costa, imediatamente contíguo e perpendicular ao terreiro objecto das considerações anteriores, ocupando o espaço até ao local onde está implantado o busto de homenagem ao Gen. Firmino Miguel.
Urgia e urge pôr cobro a tal e tão flagrante ilegalidade. Pois, tendo prometido que iria intervir, a verdade é que assim aconteceu, fazendo-o em articulação com a Junta de Freguesia. Na Sexta-feira passada, em contacto com Fernando Pereira, Presidente da União das Juntas de Freguesia de Sintra, fiquei a saber que até já houve desacatos que levaram a autoridade policial a intervir e prevaricadores levados até à esquadra local.
Nestes termos, aproveitando tão positiva atitude dos autarcas, a quem já expressei como me congratulo com a evolução da situação, continuo insistindo na esperança de que, efectiva e definitivamente, sejam tomadas todas as medidas preventivas que, ao contrário do que aconteceu no passado dia 3, impeçam ocupação tão descabida, desordenada, indisciplinada, indigna de qualquer lugar civilizado.
Há meses, tenho vindo a verificar que o abuso em questão é gerador de situações de insegurança na medida em que induz o atravessamento frequente de transeuntes e feirantes numa zona de tráfego ainda mais intenso aos fins de semana. Antes que alguma desgraça por ali suceda, que se proceda em conformidade, repondo a legalidade ofendida.



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