[sempre de acordo com a antiga ortografia]

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018



São Pedro de Sintra,
Praça D. Fernando II
- intervenção cívica e conotações mitológicas

Para descanso dos detractores do QSintra, nomeadamente, no que se refere ao envolvimento na luta contra a implantação do parque de estacionamento na Praça D. Fernando II, permitam que passe a citar algumas linhas do meu anterior 'post' "Quem marcha? - Que Movimento Cívico está em marcha?":
"(...) o QSintra goza o privilégio de poder contar com figuras nacionais em diferentes campos culturais que, numa perspectiva integrada, são afectas à defesa e preservação do património, tais como algumas das Artes e Letras, Arquitectura Paisagista, Mobilidade Urbana, Economia e Finanças, Engenharia do Ambiente, ao Direito, gente actualizada e nenhum «velho do Restelo», que não deixa os seus créditos por mãos alheias quando afirma ser uma tremenda asneira insistir na instalação do tal parque para 100 viaturas. (...)"
E, agora, para efeitos da reposição da sintrense tranquilidade geral, gostaria de a todos garantir que uma das «condições de adesão» ao QSintra, movimento cívico em marcha, passou mesmo por uma declaração notarial em que os potenciais aderentes se manifestaram avessos a qualquer atitude ou actividade que pudesse evidenciar o mínimo sintoma de velhice do Restelo...
De qualquer modo, ainda com o objectivo de mitigar a preocupação de apoucar, que leva alguns a demandar, na mitologia nacional, uma figura com as características que o grande Camões foi capaz de cantar, permitir-me-ia sugerir-lhes que - como não têm outra hipótese senão a de enaltecer quem luta pelos interesses da comunidade - se lembrassem de Prometeu, máximo mito da nossa cultura europeia.
É que, no QSintra, com toda a propriedade, todos trazemos na lapela o 'emblema' que Ésquilo tão bem caracterizou...

[Ilustr: Columbano Bordalo Pinheiro, "O Velho do Restelo"; Christian Giepenk: "Prometeu"]

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