[sempre de acordo com a antiga ortografia]

segunda-feira, 9 de julho de 2018



Que Pena!
Que Pena, meu Deus!

[Publicado no facebook em 7 de Julho de 2018]

Colado à pele, bem posso dizê-lo, há mais de sessenta anos, lá tenho vivido horas ímpares, das melhores da minha vida. A sós ou com a família e amigos, também com colegas, em jornadas profissionais, com alunos. Certo, certo é que a Pena sempre tem potenciado em mim o que de melhor eu terei.
Na medida em que, cada um dos lugares da minha vida tem alguém que, sobre ele, me sabe dizer as coisas que mais falta me fazem, no caso da Pena é o meu amigo António Nunes Pereira, Director do Palácio, quem já recebeu o abraço muito, muito especial, não só pelo privilegiado beneficio dessa «tarefa» mas também pelo estupendo trabalho que ali continua a desenvolver.
Quem, como ele, melhor conjugaria todos os «sintomas» que fazem da Pena o reduto de um ecletismo romântico que José Augusto França, Manuel Rio-Carvalho, por exemplo, tão bem souberam caracterizar, ler e interpretar?
Com o António Nunes Pereira «tenho feito muitas viagens» no âmbito das afinidades que ambos mais cultivamos, nos domínios da estética, da música, da literatura, das artes plásticas, e, para o efeito, com ele percorrido os mais variados cantos e recantos da Pena, cada vez mais deslumbrados pela fascinante e ímpar personalidade de D. Fernando.
Por vezes, como está a acontecer neste fim de semana - ontem à noite, nos Reencontros, Memórias Musicais no Palácio de Sintra e, hoje à tarde, no Jardim Botânico de Queluz - maior não pode ser o meu enriquecimento.
E volto à jóia que a Pena é. Volto para saudar o estupendo estado em que está o monumento e para confirmar como tem um director à altura de momento tão difícil como é este do tremendo desafio colocado pela demanda de milhões de visitantes. A Pena bem o merece! Pois que seja por muitos e bons anos!
[Ilustr: Prof. António Nunes Pereira, Director do palácio da Pena]

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