Vale da Raposa? Mas que insistência...
Em continuação da abordagem de questões de estacionamento, o que não falta é assunto permanente uma vez que, só muito raramente, se resolvem os problemas.
Conforme têm acompanhado, venho chamando a atenção para a zona da Estefânea, em pleno coração do concelho. Infelizmente, estamos longe de ter esgotado as persistentes razões de queixa - que se articulam com preocupantes situações de insegurança - cuja resolução deverá ir de braço dado com o ordenamento dos fluxos de táfego, com a adopção de um civilizado regime de cargas e descargas, etc.
Não me passando pela cabeça que a questão do estacionamento possa ser considerada isoladamente de um contexto muito mais vasto, pareceu-me particularmente bizarro que esta perspectiva global e integrada de análise do problema estivesse, não direi ausente, mas tão significativamente esbatida dos testemunhos inseridos no artigo publicado pelo Jornal da Região de 4 a 10 do corrente.
Mais intrigante, contudo, me pareceu que todo o enfoque da matéria noticiosa incidisse sobre a possibilidade de retomar o projecto de construção de um parque de estacionamento subterrâneo, no Vale da Raposa, solução que, em diferentes ocasiões, foi liminarmente repudiada por diferentes entidades, objecto de intervenções em sede de Assembleia Municipal e, inclusive, tendo merecido uma «tirada de peso» do actual Presidente da Câmara, dando a entender que tal só seria possível por cima do seu cadáver...
Quem dirá o que será?
Que o sítio é lindíssimo e do mais apetecível, que há por ali grandes interesses económicos envolvidos, disso ninguém parece ter a mínima dúvida. Frágil em termos ambientais e muito vulnerável - perante a cupidez de promotores imobiliários que, aqui e em todas as latitudes, mascaram os seus reais objectivos sob a capa de uma aparente preocupação ecológica - está o Vale da Raposa, mais uma vez nas bocas do mundo.
Tanto quanto me parece e julgo saber de boa fonte, há um projecto que pode ser digno das características do local, o qual não pressupõe qualquer vertente de parque de estacionamento à superfície, subterrâneo, em sucalcos ou sob qualquer outro disfarce. E parece ser coisa tão interessante que terá recebido encómios de avaliação por parte de peritos da Unesco. Como há quem disto saiba mais pormenorizadamente e, de algum modo, sendo responsável, mantenha estratégica reserva, não serei eu a quebrar o efeito de uma certa expectativa.
Não deixa de me parecer curioso como ainda há quem insista em não compreender que as razões aduzidas, por residentes, militantes ambientalistas e da defesa do património, contra o parque projectado há sete ou oito anos para a Volta do Duche, continuam perfeitamente pertinentes para algo que se perfilaria, na Correnteza, apenas trezentos metros a montante...
Vá lá perceber ...
E também custa a perceber como se pode continuar a fazer orelhas moucas à voz da razão, que aponta a solução de respeitar e potenciar todas as bolsas residuais de pequena e média escala cuja situação e características se conhecem, casos do Rio do Porto, da Sintra Garagem, por exemplo. E, por outro lado, mas em complementaridade, dificilmente se chega à conclusão sobre qual o propósito do desinteresse (?!) quanto ao total aproveitasmento do parque contíguo ao edifício do Departamento de Urbanismo, do outro lado da linha do combóio, e ainda mais perto do que o Vale da Raposa, do mercado municipal, de todo o comércio tradicional da Heliodoro Salgado, da Portela e de áreas circundantes...
Urge equacionar e, paulatina mas decisivamente, ir concretizando toda uma estratégia integrada que satisfaça a resolução do problema da Estefânea, na Freguesia de Santa Maria e São Miguel mas, naturalmente, em simultânea articulação e coordenação com São Martinho e São Pedro que, igualmente, são zonas críticas de estacionamento na sede do concelho.
Finalmente, não perderia a oportunidade para lembrar como está imundo o pavimento da Correnteza, como aquele verde do Vale da Rapousa esconde um matagal infecto, inseguro e perigoso, sujíssimo junto aos muros. São situações gritantes de desleixo insuportável, facil e rapidamente resolúveis que nos lavariam a cara de uma vergonha quotidiana que, vejam lá, parece não afectar os promotores da solução que tresanda a negócio por todos os lados...
Em continuação da abordagem de questões de estacionamento, o que não falta é assunto permanente uma vez que, só muito raramente, se resolvem os problemas.
Conforme têm acompanhado, venho chamando a atenção para a zona da Estefânea, em pleno coração do concelho. Infelizmente, estamos longe de ter esgotado as persistentes razões de queixa - que se articulam com preocupantes situações de insegurança - cuja resolução deverá ir de braço dado com o ordenamento dos fluxos de táfego, com a adopção de um civilizado regime de cargas e descargas, etc.
Não me passando pela cabeça que a questão do estacionamento possa ser considerada isoladamente de um contexto muito mais vasto, pareceu-me particularmente bizarro que esta perspectiva global e integrada de análise do problema estivesse, não direi ausente, mas tão significativamente esbatida dos testemunhos inseridos no artigo publicado pelo Jornal da Região de 4 a 10 do corrente.
Mais intrigante, contudo, me pareceu que todo o enfoque da matéria noticiosa incidisse sobre a possibilidade de retomar o projecto de construção de um parque de estacionamento subterrâneo, no Vale da Raposa, solução que, em diferentes ocasiões, foi liminarmente repudiada por diferentes entidades, objecto de intervenções em sede de Assembleia Municipal e, inclusive, tendo merecido uma «tirada de peso» do actual Presidente da Câmara, dando a entender que tal só seria possível por cima do seu cadáver...
Quem dirá o que será?
Que o sítio é lindíssimo e do mais apetecível, que há por ali grandes interesses económicos envolvidos, disso ninguém parece ter a mínima dúvida. Frágil em termos ambientais e muito vulnerável - perante a cupidez de promotores imobiliários que, aqui e em todas as latitudes, mascaram os seus reais objectivos sob a capa de uma aparente preocupação ecológica - está o Vale da Raposa, mais uma vez nas bocas do mundo.
Tanto quanto me parece e julgo saber de boa fonte, há um projecto que pode ser digno das características do local, o qual não pressupõe qualquer vertente de parque de estacionamento à superfície, subterrâneo, em sucalcos ou sob qualquer outro disfarce. E parece ser coisa tão interessante que terá recebido encómios de avaliação por parte de peritos da Unesco. Como há quem disto saiba mais pormenorizadamente e, de algum modo, sendo responsável, mantenha estratégica reserva, não serei eu a quebrar o efeito de uma certa expectativa.
Não deixa de me parecer curioso como ainda há quem insista em não compreender que as razões aduzidas, por residentes, militantes ambientalistas e da defesa do património, contra o parque projectado há sete ou oito anos para a Volta do Duche, continuam perfeitamente pertinentes para algo que se perfilaria, na Correnteza, apenas trezentos metros a montante...
Vá lá perceber ...
E também custa a perceber como se pode continuar a fazer orelhas moucas à voz da razão, que aponta a solução de respeitar e potenciar todas as bolsas residuais de pequena e média escala cuja situação e características se conhecem, casos do Rio do Porto, da Sintra Garagem, por exemplo. E, por outro lado, mas em complementaridade, dificilmente se chega à conclusão sobre qual o propósito do desinteresse (?!) quanto ao total aproveitasmento do parque contíguo ao edifício do Departamento de Urbanismo, do outro lado da linha do combóio, e ainda mais perto do que o Vale da Raposa, do mercado municipal, de todo o comércio tradicional da Heliodoro Salgado, da Portela e de áreas circundantes...
Urge equacionar e, paulatina mas decisivamente, ir concretizando toda uma estratégia integrada que satisfaça a resolução do problema da Estefânea, na Freguesia de Santa Maria e São Miguel mas, naturalmente, em simultânea articulação e coordenação com São Martinho e São Pedro que, igualmente, são zonas críticas de estacionamento na sede do concelho.
Finalmente, não perderia a oportunidade para lembrar como está imundo o pavimento da Correnteza, como aquele verde do Vale da Rapousa esconde um matagal infecto, inseguro e perigoso, sujíssimo junto aos muros. São situações gritantes de desleixo insuportável, facil e rapidamente resolúveis que nos lavariam a cara de uma vergonha quotidiana que, vejam lá, parece não afectar os promotores da solução que tresanda a negócio por todos os lados...
Sem comentários:
Enviar um comentário