Pouca saúde (II)
Todos os media têm dado natural e evidente espaço às notícias sobre o descontentamento de um já incontável número de lugares, freguesias, vilas e cidades de Portugal que viram subtraídos, dos seus habituais serviços de referência, enquadrados pelo Ministério da Saúde, os que lhes têm sido acessíveis, no âmbito do Serviço Nacional de Saúde.
Pretensamente, na defesa dos interesses da comunidade e, tão sistematicamente quanto seria de prever, a partir da sua abordagem de contabilista [recuso-me a designá-la como estratégia, que é coisa bem mais sofisticada…], o Senhor Ministro da Saúde tem-se permitido suprimir serviços de proximidade de cuidados de saúde, que contribuíam para um mínimo de conforto dos utentes.
Ao serviço de uma falaciosa argumentação de defesa dos interesses do Estado que, naturalmente, no caso do actual Governo, privilegia a régua, o esquadro e o relógio em cima do cego mapa das estradas, em vez de judiciosas decisões de carácter efectivamente político - que os eleitores tinham o direito de esperar - e, ao arrepio do que determina a própria Constituição da República, o Senhor Ministro da Saúde está a fazer história e até é capaz de ficar na História, infelizmente, pelas piores razões.
(Continua)
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