[sempre de acordo com a antiga ortografia]

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Pouca saúde (III)



Outra gente, outra cultura…

Certo é que no mesmo domínio mas pisando terreno diametralmente oposto, está o autor da Lei do Serviço Nacional de Saúde, o meu fraternal amigo e companheiro de lutas António Arnault, homem de inatacáveis princípios do Socialismo mais genuíno, grudados à maçónica tríade da Liberdade, Igualdade e Fraternidade, que todos os não maçons professam porque estão na base dos Estados Democráticos de Direito.

Pela Liberdade, pela Igualdade e pela Fraternidade, durante o II Governo Constitucional, liderado pelo então Primeiro Ministro Mário Soares, António Arnault concebeu, apresentou, fez votar e implementou aquele que acabou por se revelar um dos mais nobres objectivos saídos do Vinte e Cinco de Abril.

Pouco mais tarde, desiludido com o torvelinho do oportunismo, da traficância política, da feira de vaidades, remeteu-se a uma discreta mas, de qualquer modo, vida sempre activa em termos da cidadania de intervenção. É assim que, aliás, deve ser entendida a sua candidatura e eleição como Grão Mestre da Maçonaria Portuguesa, Grande Oriente Lusitano, precedendo António Reis, o actual GM.

Enfim, tristes asneiras…

Não deixa de ser curioso e também sintomático que o Governo de José Sócrates, sustentado pela mesma força partidária – um Partido Socialista que, no entanto, actualmente, subsiste à revelia dos seus valores matriciais – afinal, se posicione como coveiro, procedendo ao desmantelamento de uma das suas mais generosas realizações, o Serviço Nacional de Saúde.


(Continua)

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