Bons sinais
Já o tenho referido e, de vez em quando, é um prazer renovado poder confirmar. Algumas notícias que nos chegam da Parques de Sintra Monte da Lua, constituem verdadeiro lenitivo contra os desagradáveis episódios com que, não raro, nos confrontamos em Sintra-Sintra, ou seja, a parte do concelho que, sabem os leitores, costumo considerar inequivocamente conotada com as ideias e imagens de uma terra que nada tem a ver com alguns adjacentes subúrbios incaracterísticos e betonados.
Muito recentemente, ficámos a saber que a administração da empresa está a preparar a possibilidade de os visitantes acompanharem as obras de restauro do Chalé da Condessa. Esta é uma atitude que me é tão mais atraente e cara quanto sinto que, provavelmente, terei contribuído ao insistir nesse sentido e, inclusive, apresentando exemplos de situações congéneres no estrangeiro, em que o público acede, com toda a segurança, às obras em curso.
Como diz o povo, as coisas estão a entrar nos eixos. Alargando o âmbito destas considerações, por exemplo, também a Monserrate, é sabido que a campanha de obras de recuperação não é coisa a concretizar em um ou dois mas, certamente, para uma faseada intervenção, ao longo de muito mais anos, que os sintrenses e a comunidade em geral não podem deixar de encarar.
Todos sabemos quão escassos são os recursos financeiros. Daí que deva insistir-se e esgotar todas as possibilidades decorrentes da Lei do Mecenato, através da sempre sofisticada e morosa negociação de contrapartidas em que radiquem e, de parte a parte, se justifiquem os compromissos a alcançar para a salvaguarda de um património absolutamente inestimável, exigindo que todos estejamos à sua altura.
Com a maior informalidade, tenho conversado não só com o Dr. João Lacerda Tavares mas também com técnicos da PSML que, muito profissional e simpaticamente, me têm posto ao corrente dos trabalhos actuais e dos projectos. É muito gratificante manifestar a opinião de que podemos confiar naquela gente, independentemente do cuidado e da permanente atenção que a área de jurisdição da empresa nos deve solicitar em termos de intervenção cívica.
PS:
Bem sei que, durante vários anos, fomos tão desrespeitados pela controversa gestão do biólogo Serra Lopes que não é fácil deixar de desconfiar… Aliás, a este propósito, também tenho repetido que ainda não está esquecida a necessidade de saber, afinal, qual o resultado das averiguações levadas a efeito pela Polícia Judiciária, na sequência das auditorias às práticas administrativas consideradas irregulares, durante tão conturbado período.
2 comentários:
Como, certamente, o João Cachado saberá , a Alagamares organizou para o próximo domingo, pelas 10.30 h da manhã, um passeio à zona do Parque da Pena onde está implantado o Chalet da Condessa.
Tem como finalidade, "em termos de intervenção cívica" assim diz a Associação que promove o evento, não só levar as pessoas a conhecer aquele Lugar e a sua história como publicitar a necessidade de haver algum mecenas que se proponha colaborar na sua recuperação pois sabemos que os euros disponíveis, para esse efeito, são escassos.
Não será, por isso, uma visita ao nível do restauro técnico no local, que ainda não começou e que também não conhecemos - para isso vamos esperar que seja a P.S.M.L. a fazê-lo e é louvável a sua iniciativa - mas, uma visita de afecto, pela Casa, e por aqueles que a conceberam, o Rei D.Fernando II e a Condessa d’Edla.
Só podemos defender bem e com convicção, aquilo que conhecemos bem.
Não vamos permitir, no sec. XXI, tal como o fez no sec. XIX a Sociedade Civil de então, que o Parque da Pena seja propriedade de alguém. Essa foi a razão pela qual a Condessa d’Edla foi pressionada e “obrigada”, em 1890, a vende-lo ao Estado que, nos últimos anos, tão mal dele cuidou.
Seria bom, e uma mais valia, vê-lo lá também no domingo, a partilhar connosco o seu saber e a sua paixão pelos mentores e protagonistas da "história" que deu origem à construção do Chalet da Condessa d'Edla.
emília reis
Minha cara amiga,
Dá-me grande alegria voltar a tê-la «por aqui». Bem sei que, se mais vezes não vem, o problema é meu...
No próximo domingo lá estarei com os militantes desta nobre causa. E não tenho a mínima dúvida de que vamos todos ganhar um fôlego novo ao viver esta excelente iniciativa da Alagamares.
Um abraço
João Cachado
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