Criminoso esquecimento
No dia 18 de Novembro passado, faz hoje precisamente quinze dias, sugeri-vos um passeio em direcção ao sofisticado gozo deste especial Outono de Sintra. Escrevi que não era preciso ir muito longe para alcançar tal privilégio. Tratava-se de partir dos Pizões, passar pela Regaleira, descer a Trindade Coelho bem como o Caminho dos Frades e, diante da Quinta dos Alfinetes, voltar imediatamente à esquerda para entrar no Caminho dos Castanhais.
Hoje, pedir-vos-ia para repetirem e, uma vez aqui chegados, perceberem como eram justas e ajustadas as minhas palavras. Escrevia eu que estariam a entrar numa esquecida zona de Sintra. É verdade, esquecidos caminhos estes, embora a poucos metros do centro histórico. Mas, como espantar-se o caminhante? Então o próprio casco da mais nobre Sintra não está esquecido há décadas?
Aqui, para bom entendedor, esquecimento significa incúria. Significa cultura do desleixo de que fala Jorge Sampaio, com a sua voz de autorizado sintrense que, tal como tantos de nós, conheceu esta terra em muito melhores dias. É cruel termos de recuar dezenas de anos para vislumbrar o que era um lugar limpo e com carácter, igual a tantos outros, nacionais e estrangeiros que, apesar do progresso, não se descaracterizaram, não se degradaram e estão cada vez em melhor estado.
Mas voltemos ao Caminho dos Castanhais. Bastou ter chovido um pouco para ficar praticamente intransitável. Se ainda não tiverem feito o percurso, verão que aquilo é um bocado de terra batida, outro de empedrado e ainda pedaço de irregularíssima calçada, borrifada de umas gotas de alcatrão, antes de voltar à esquerda, a caminho das Escadinhas da Pendoa, com aquela obra embargada, nas trazeiras do Tivoli.
Um caminho que podia ser um sossego, entre belíssimas quintas (certo é que meio abandonadas...) está transformado em inqualificável desgosto. Em terra batida? Pois, sim senhor, não haveria qualquer problema desde que bem concebido, com valetas e sarjetas, para que não se transformasse naquele lamaçal que encontrarão se lá passarem.
Todavia, continua belíssimo o passeio. Sintra resiste. Até a estes responsáveis que a História da terra recordará como coveiros do desassossego, Sintra resiste. Sintra está doída, cheia de imerecidas feridas e ofensas. Um dia virá em que tudo isto vai alterar. Preciso é que passe o tempo.
Em Portugal, outros sinais nos ajudam a compreender como o subdesenvolvimento, o atraso, o analfabetismo e a iliteracia estão a montante destes quadros de miséria. Sim, não tenhamos dúvida, o Caminho dos Castanhais é algo que, noutros países europeus, em terra classificada como Paisagem Cultural, seria perfeitamente impensável. Por isso o apelido de quadro de miséria sem que me sinta a usar qualquer hipérbole.
Pensem noutros sinais, escrevia eu, por exemplo, como em terras de forte emigração, os filhos e netos dos que construiram aquelas inqualificáveis casas, hoje delas se envergonham... Também em Sintra, um dia virá em que os vindouros se envergonharão de um passado - que, para desdita nossa é o tempo presente - durante o qual autarcas, técnicos e os cidadãos em geral se deram ao luxo de tão mal tratar este lugar de eleição.
Sabem quem, nesse futuro, será recordado como a voz do desassossego? Indiscutivelmente, José Alfredo da Costa Azevedo, que não ficou a dever, fosse a quem fosse, a bofetada que se impunha. A mim e a vós apenas se impõe que sejamos dignos da voz sintrense desse bom homem.
6 comentários:
Caro Professor,
Pior do que criminoso esquecimento é mesmo uma criminosa apatia e criminoso desleixo que caracterizam as sucessivas passagens pelos paços do concelho das pessoas que governam a nossa terra. Exemplos? Rua da Pendoa, Escadinhas do Hospital, Calçada do Rio do Porto e mais adiante a Estrada do Carvalheiro. É gritante a forma como que imóveis abandonados passam a lixeiras e a ninhos de ratazanas tão depressa. Penso muita vez, nas palavras do "mestre" José Alfredo, em que no seu livro sobre a Vila Velha, a propósito da lenda que diz que quem beber água da Fonte da Sabuga nunca mais deixa Sintra, refere ele "Pena é que a fonte não os saiba seleccionar".
Meu caro João Cachado,
As desilusões não têm limite nesta terra que é nossa e amamos. Nós, meu amigo, também fomos cúmplices ao acreditar.
Dá-nos a democracia a liberdade de, de vez quando, votarmos para garantir o futuro de umas centenas de figuras - quase sempre as mesmas, como se poucas competências existissem - que saberão à nossa custa, entremeando com belas palavras de retórica, manter-se na aquisição de reformas, pensões e mordomias.
Pelo meio fazem-se umas dotações: uns clubes por aqui, com dotações ou contratos-programs que lhes garantam centenas de milhar de euros (os sócios desse clubes são quase sempre votantes) enquanto que o desenvolvimento desportivo de camadas jovens fica pelo caminho; mais umas medalhas a propósito umas para justificar as que são atribuídas a despropósito; umas promessas realizáveis mas que não têm seguimento, como o Hospital que mudou de terreno mas não mudou de moscas; até se falou numa Universidade.
Conta-se por aí - acredite que não acredito - que em vez de respostas responsáveis a questões publicamente colocadas, as preocupações maiores parecem ter sido com os resultados de um jogo de futebol; conta-se por aí, certamente apenas para maldizer, a história de um direito de resposta que não seria conhecido por quem o devia saber.
Daí que aconselhe toda a gente a escrever directamente para os responsáveis, não que deles se esperem respostas, mas para que nunca digam que não sabiam.
O fim do combóio para Monserrate, as obras de Seteais e a construção daquela moradia com remoção de toneladas de inertes, a Cinelândia, os dinheiros que vinham a caminho por força da tal coisa Companhia da Tapada do Mouco, são coisas que nunca nos deveremos (poderemos) esquecer.
Ficam ainda algumas curiosidades, entre elas aligada com o dinheiro do Jogo que deveria ser aplicado na recuperação do Centro Histórico. É preciso saber-se quanto veio, quanto foi aplicado, quanto foi disponibilizado a Sintra.
Pode parecer que não, mas isto tudo está ligado, pois tudo faz parte de um mesmo problema.
Nota: Com estas coisas das quotas para as listas eleitorais, quem estiver atento notará já algumas "habilitações", dada a frequência com que surgem a comentar nalguns espaços. Esperemos.
Caro Ricardo,
Já reparou? Todos os lugares que alude ficam em São Martinho, freguesia que não conta em termos de eleitores. O que interessa a estes autarcas é o betão onde residem os desgraçados que nem sequer sabem que são desgraçados.
O que interessa a esta gente, autarcas democraticamente eleitos (que paradoxo!...), é o cimento urbano, duro e cru, onde a qualidade de vida é coisa que não se põe em causa, portanto algo que não lhes causa problemas, na medida em que a maior parte dos cidadãos residentes nessas zonas, ou não sabe o que é qualidade de vida ou, caricatamente, confunde tal conceito com a disponibilidade de uns canteiros junto aos blocos de betão onde habitam...
A maior parte dos residentes dessas zonas, o grosso dos eleitores que assegura a vidinha de tais autarcas, é gente de segunda e de terceira gerações, portanto «recém chegados» do hinterland(os tais 'parvenus', os tais urbano-depressivos de quem fala o Miguel Sousa Távares...), uns descaracterizados, com problemas de integração no meio, problemas de que não têm a mínima consciência, os típicos cidadãos dos dormitórios, os meia-tigela, muito bem representados, por exemplo, pela autarca Fátima Campos de Monte Abraão.
Percebe, meu Caro Ricardo? Percebe o Ricardo que, ao contrário do que possa parecer, eu não tebho a mínima acrimónia em relação a essa gente? Percebe o Ricardo que eu não tenho o mínimo sentimento de superioridade em relação a essa gente? Percebe o Ricardo que, pelo contrário, nutro a maior simpatia pelo interessante caso que esse numerosíssimo número de pessoas constitui no concelho de Sintra, noutros concelhos do país e no estrangeiro? Pelo simples facto de existir e de constituir caso de permanente estudo de sociólogos e antropólogos, é um grupo que me interessa.
Os nossos autarcas sabem disto, tanto ou muito mais do que eu ou do que o meu amigo. Sabem perfeitamente que é para o betão que têm de virar-se e não para São Martinho ou qualquer das outras freguesias do núcleo central desta manta de retalhos ingovernável que é o concelho de Sintra. Para todos os efeito, os autarcas que se vão sucedendo, independentemente da força política que os apoia, estão-se perfeitamente nas tintas para o que eu sei e partilho consigo e com outros amigos esclarecidos. Eles «não estão cá», para nós ou por nós, porque não somos nós que lhes asseguramos a permanência nos lugares que vão ocupando, preocupados que estão não com o bem comum mas com o seu próprio bem... Tão simples como isto.
Sabe o Ricardo que o José Alfredo também sabia de tudo isto. E de que maneira... Era um velho sábio e excelentíssima pessoa, coisa que bem se atestava pela sua condição de amante de gatos. Morreu com alguns amargos de boca e prevendo o que aí vinha, ou seja, o triste espectáculo a que temos assistido, olhando de soslaio para os sucessivos edis que vão assumando ao balcão do Largo do Dr. Vergílio Horta.
E, para nossa desgraça, a Sabuga, continua imperturbavelmente pródiga, incapaz de seleccionar quem seja de repudiar desta terra... Se calhar, vai sendo tempo de tratar de um feitiço.
Um abraço do
João Cachado
Meu Caro fernando Castelo.
Em primeiro lugar, pedir-lhe-ia que tivesse em consideração a minha resposta a Ricardo,há cerca de duas horas. Julgo não interpretar abusivamente se afirmar que as nossas mensagens estão e são muito afins, afinando por uma grande sintonia.
Os casos que o meu amigo dá conta deviam fazer corar de vergonha quem não pode deixar de enfiar a carapuça. Nunca pensei que, depois de Abril, tanta promiscuidade acabaria por acontecer entre o football e aquilo que designam por «actividade política». Promiscuidade, Castelo? Provavelmente, é mais um caso de intimidade confundida com coincidência de propósitos...
Acho que, no meio de tudo isto, há uma incrível falta de nível. A propósito de football, não esqueço uma ocasião em que, tendo ido a uma Assembleia Municipal, o Presidente da Câmara que, como toda a gente sabe, é do Benfica, permitiu-se «aceitar o jogo» de uma série de deputados municipais que, sendo do Sporting, passaram a noite às piadas... E, para cúmulo da desfaçatez, nessa noite, o Presidente da Assembleia teve o topete de me tirar a palavra porque tinha ultrapassado os três minutos que me concedera. Depois, não esteve à altura de pôr cobro ao chiste torpe e baixo que se ia sucedendo.
Enfim, como afirma o meu amigo, a desilusão é inominável. A minha ingenuidade confundiu-se com a sã confiança que coloquei nos propósitos de pessoas que, aparentemente, pelo menos, se mostravam tão sérias como eu. Passei por cima de convicções políticas e ou partidárias, dei o meu crédito, em termos públicos e notórios, a quem não soube merecê-lo e, tal como eu, mais algumas pessoas que o meu amigo bem conhece.
Desilusão? Pois é verdade, Castelo. Mesmo aos sessenta anos, é possível um tipo escrever, com a franqueza com que o faço, que se iludiu. Mesmo perante públicas manifestações histriónicas, que poderiam dar que pensar, eu fui de uma benevolência que se confunde com a mais patusca parvoíce.
Perguntará o meu amigo, o que fazer agora, que se avizinham eleições, com um crédito tão malbaratado. Olhe, Castelo, como já percebi que a mais aberta, indefesa e descomprometida intervenção cívica - que tanto o meu amigo como eu protagonizamos - não é minimamente valorizada por quem dela poderia tirar o máximo proveito, então vou «pregar» para outra freguesia. Naturalmente, não é este o local para definir as coordenadas...
O seu texto ultrapassa os limites de uma acre ironia para mais se aproximar de uma «via sacra» de bem conhecidas situações sintrenses, ao fim e ao cabo, verdadeiras atoardas para enganar tolos. Universidade, Hospital (com acções da Câmara e tudo, lembra-se?), a Casa das Selecções, agora a Cinelândia que, vamos lá ver, se não é um gato escondido com o rabo de fora, a indignidade que é a CMS dando cobertura a perfeitas ignomínias em Seteais - não sem que nos tenha entretido com manobras mais ou menos dilatórias -eu sei lá, o rol é tão grande que eu próprio tenho vergonha de o acrescentar porque, a cada acrescento, mais tenho de confessar a patetice e o logro em que caí.
Uma coisa alude o meu amigo que não descansarei enquanto não perceber. Trata-se do dinheiro dos jogos de azar. Tanto quanto julgo já saber, há cerca de dez milhões de euros, que há anos estão inertes, sem que Sintra consiga apresentar uma candidatura credível à utilização de tal verba que terá a condição de ser aplicada exclusivamente no centro histórico (enfim, mais ou menos extensível até à Estefânea). Se isto for verdade o escândalo é inconcebível. Não é conveniente adiantar mais neste momento. Mas é algo que vale a pena esclarecer.
E quem se sentir atingido que tire o cavalinho da chuva porque o que tiver de soar é mesmo para fazer doer.
Um abraço grande do
João cachado
Caro Sr João Cachado:sou uma assídua «leitora»do seu blog, embora nunca tenha tido a ousadia, de nele intervir, directamente, comentando;de facto,às vezes apetece também «meter uma colherada»mas a amargura já é tanta que me inibo, mesmo antes de começar.No entanto, admiro as suas dissertações sobre os festivais de música e outras manifestações de cultura, nomeadamente as alemãs, a quem me ligam laços de profundo afecto:durante sete anos cantei no Coro Bach da Deutsche Evangelische Kirche Lissabon, dirigido por Antoine Sibertin Blanc ou Hartmut Zitzmann,ou no Coral Públia Hortênsia ou no Audite Nova de Lisboa,até que a minha condição de suburbana, por via de constituição de família,casa mais acessível, etc,etc, me afastaram desse prazer, das temporadas de música e ballet da Gulbenkian e enfim...do convívio mais próximo e efectivo com a arte.No entanto, o gosto que nasce connosco, permanece para lá das agruras da passagem dos anos e é feito de uma enorme nostalgia e melancolia, nos momentos em que recordo, o Concerto na Igreja do Sagrado Coração de Jesus em Lisboa, com o Coro Bach, o da Escola Alemã e músicos da Orquestra Gulbenkian, entre outros.Nostalgia também, de quando acompanhei, como intérprete, uma equipa da Sudwestfunk, de Baden Baden,no Teatro do Fogo que André Heller, tentou concretizar em Lisboa e depois, do programa da mesma estação de rádio, no qual colaborei com o então jornalista Stephan Reichenberger, sobre o Fado, ´do qual até fez parte, uma entrevista em casa de Carlos do Carmo.SAUDADE....sim muita!Sequelas?Sim...sobretudo na minha actividade profissional de há 27 anos-sou professora e a voz já falha, por não estar colocada como dantes.
Já vai longa a minha apresentação e estou a ocupar-lhe muito espaço de comentário mas apenas quero explicar para terminar o motivo que me leva a esta «virtual conversa»;é que além de partilhar muitos dos seus pensamentos sobre os últimos ataques que vêm sendo perpetrados à nossa Sintra,também estive presente na mencionada Assembleia Municipal,para ver até onde poderia ir a desfaçatez de algumas pessoas e, caro senhor,posso afirmar-lhe que ultrapassou todas as expectativas:os quase insultos de que uma autarca deste Concelho,da qual sou particular amiga, foi vítima, mereceram,por parte de quem dirige a edilidade, a indiferença total;as três intervenções feitas a esse propósito, não mereceram qualquer resposta, agravando mais a resposta dada em Sessão de Câmara, na qual, quando inquirido sobre a iniciativa de um seu Director Municipal,afirmou desconhecê-la,apesar de a mesma ter sido feita em nome do município e usando o seu logotipo.Mais ainda, entrando significativamente atrasado, como vários deputados municipais,que sistematicamente interrompiam os trabalhos para o desfile dos apertos de mão à mesa e aos outros,passou a maior parte do tempo,sentando-se e levantando-se, para ouvir os resultados do jogo em curso,evitando sempre, as perguntas e não emitindo respostas.A falta de respeito impera por ali, respeito pelos outros deputados, pelo público, pelos munícipes que vão intervindo:por exemplo, enquanto os munícipes de Algueirão Mem Martins desfiavam o rosário das suas queixas sobre a Feira de Fanares, ninguém lhes dava atenção e todos faziam outras actividades paralelas, provocando um ruído de fundo que diminuía o impacto das suas intervenções:os segredinhos, as piscadelas de olhos, a ´mímica,que nada tem de «parlamentar», são igualmente, lamentáveis demonstrações de má educação, falta de politesse e desrespeito por quem elegeu tal gente.Isto para já não comentar sobre quem lá vai só levantar o dedo e nem sabe o que quer dizer «edifícios devolutos».
Mais não digo para não chatear quem nos «lê».Se tiver paciência, para este meu comentário e quiser editá-lo, agradeço, senão, também saberei analisar os seus motivos.Mais sobre mim,noutra oportunidade surgirá,caso veja interesse no meu contributo.
Margarida Paulos
Sra. D. Margarida Paulos,
Começo pelo fim, perguntando-lhe o que a terá levado a pensar que eu poderia não publicar o seu comentário. Aproveitaria a oportunidade para esclarecer que me reservo no direito de, tão somente, não publicar mensagens com impropérios. Pensava não ter de activar o controlo dos comentários até que, há uns meses, fui mimoseado com umas indecências que me alertaram para a conveniência de pôr a funcionar um mecanismo de defesa que, de modo algum, poderá confundir-se com qualquer manobra de censura.
Quanto ao seu comentário, tudo é tão correcto, tão pertinente e, no caso da partilha do gosto da Música, até à mistura com tanta cúmplice afinidade - veja lá que também fui coralista, aliás a minha única actividade como intérprete - que, confesso, não imagino que dúvida a terá assaltado. Vou gostar muito de falar consigo, pessoalmente, acerca do meu especial pendor, desde criança, para a realidade cultural, especialmente no mundo musical de todo o universo germânico - a minha formação académica de base é a da filologia germânica - ao qual, também tão ligada, esteve a senhora.
Relativamente às misérias da Assembleia Municipal, não me dá qualquer novidade. Infelizmente, é quadro corrente e recorrente... Não deixa de ser curioso que ontem, pelas 19.50, tivesse eu respondido a um comentário do Fernando Castelo, precisamente, lembrando uma cena da AM que também meteu football e de um modo perfeitamente vulgar, ordinário.
Finalmente, o outo assunto. Percebi que se referiu a Fátima Campos que, também reparei, foi atacada, com uma inaudita falta de respeito e inusitada virulência, por um director municipal que, não acredito, tenha actuado «de motu proprio». Para bom entendedor... Pode acontecer o suscitar de divergências, mesmo violentas, sem que se caia na baixeza dos argumentos desse senhor. Enfim, perfeitamente lamentável.
Espero recebê-la mais vezes neste espaço onde não tenho muitas oportunidades para abordar os temas que alimentam a minha - patológica, dizem alguns amigos e familiares - ilimitada melomania. Por aqui, o lugar principal é destinado à intervenção cívica que, igualmente, a motiva. Por isso, já sabe, o espaço é seu.
As melhores saudações do
João Cachado
Enviar um comentário