Cada vez mais me vou rendendo à pertinência e oportunidade com que, em sintra, o Jornal Cidade Viva vem defendendo os interesses da terra. Este órgão da imprensa é uma voz independente e corajosa que, sob a direcção de Luís Galrão, bem merece todos os apoios e testemunhos de encorajamento de que é credor.
Com a devida vénia, passo a reproduzir o seguinte texto:
“13/1/2009Autarquia e empresários promovem alojamento turístico sintrense.
Casas de Sintra junta empresários da região para promover alojamento na vila.
Para garantir o sucesso da iniciativa, o presidente da Câmara Municipal de Sintra, Fernando Seara, decidiu aliar-se ao Turismo de Lisboa, presidido por outro autarca, António Costa (Lisboa), e aproveitar as sinergias e conhecimentos da associação para promover o destino como parte integrante da região da capital.O protocolo entre as duas entidades foi assinado hoje, pela mão de Seara e Costa, e servirá como plataforma para Sintra usar as contrapartidas a que tem direito por parte das receitas do Casino do Estoril.
(…)
Na base do projecto, está ainda a construção de uma organização que junte todos os empresários do concelho, “com casas de turismo rural, pequenos solares, que só por si não têm massa crítica, para que tenham uma presença e venda consistente e lhes dê consistência”. As “Casas de Sintra”, como se poderá chamar o projecto”, poderá evoluir para “uma central de reservas on line, através de um site que vamos criar”. Para já, caberá ao município de Sintra fazer o levantamento de todas as camas que existem na vila disponíveis para integrar o projecto. (…)”
A propósito, apenas gostaria de acrescentar dois breves alvitres. Primeiramente, portanto, sugerir que o projecto contemple, não só as casas de turismo rural e pequenos solares, mas também uma pequena mas importante bolsa de alojamento do género B&B (Bed and Breakfast, ou seja, quarto e pequeno almoço) disponíveis em adequadas casas de habitação de residentes sintrenses, devidamente registadas e licenciadas para o efeito.
Em todos os destinos turísticos, incluindo os mais sofisticados, é um recurso frequente, permitindo alojar viajantes e turistas que, pelas mais diversas razões, que não só de ordem económica, preferem um mais próximo convívio com os habitantes.
Em segundo lugar, começaria por felicitar o Senhor Presidente da Câmara por se ter lembrado da utilização das contrapartidas a que Sintra tem direito por parte das receitas da zona de jogo. Embalado nesta estratégia para o financiamento do projecto em questão, talvez seja a altura de, igualmente, usar verbas da mesma proveniência que – segundo me informou inequívoca fonte – estarão escandalosamente pendentes, há vários anos, para concretização de obras de recuperação no centro histórico. Tudo porque, vá lá saber-se a razão, não se formaliza a candidatura…
Para total apuramento da situação, até talvez conviesse divulgar a quanto ascenderão as verbas disponíveis e outras eventualmente cativas e se já se terá acontecido perder-se o direito de utilização de alguns desses montantes.
AT:
Em Portugal, em Sintra, tresanda a eleitoralismo barato por todo o lado. Ainda agora começou o ano e já se sufoca. Cá por mim, vou arejar. Como costuma acontecer neste período do ano, vou até à Áustria. Por isso, durante a minha permanência em Salzburg, até ao fim da primeira semana de Fevereiro, fica suspensa a publicação de mensagens no sintradoavesso. Fiquem-se por cá muito bem!