[sempre de acordo com a antiga ortografia]

quarta-feira, 3 de junho de 2009


Os Jardins de Queluz

No Verão de 2004, mais precisamente, a partir de 30 de Julho, no Jornal de Sintra, denunciei o lamentável estado de degradação a que tinham chegado os Jardins do Palácio de Queluz. Contribuindo para o esclarecimento da situação, mantive com Ana Flores, então directora do Palácio, uma curta polémica nas páginas do mesmo jornal que, naturalmente, também contribuiu para o esclarecimento da situação.

Passados que são cinco anos, foi iniciada e está em curso uma grande campanha de recuperação que, não só contempla os jardins históricos mas também todos os equipamentos decorativos e de lazer que integram o soberbo conjunto adjacente ao palácio.

Longas alamedas de bucho, fontes e lagos, grupos escultóricos, a grande Cascata, estão sofrendo indispensáveis intervenções cuja necessidade, durante décadas, se foi fazendo notar. Reparem que a simples limpeza de ervas daninhas, em algumas das áreas ajardinadas, certamente constituiu tarefa gigantesca. Não esqueçam que, conforme testemunhei, há cinco anos, saltaram-me coelhos bravos aos pés…

Ainda há muito que fazer. Será trabalho para anos de continuados esforços de reabilitação, por exemplo, de toda uma componente técnica de maquinaria hidráulica que, a montante, alimenta interessantíssimos jogos de água, por enquanto, secos. Há extensíssimas superfícies azulejares carecendo de atenção, em especial as do canal, cujas comportas permitirão voltar a represar a água da ribeira do Jamor para usufruto de um dispositivo único.

Com fundos nacionais e internacionais em jogo, há esperança de que as coisas sejam levadas a bom termo. Aconselho vivamente que visitem o espaço e, como eu, se tiveram o desgosto de outrora, agora não deixarão de sentir, com acrescidos argumentos, a alegria que se imagina.

2 comentários:

Margarida Rito disse...

Amigo Prof. Cachado,
Fui lá recentemente e confirmo que ainda têm muito que fazer. Mas vale a pena porque é tudo precioso. Havia muita gente a visitar e por isso fiquei muito satisfeita. Como os meus pais vivem ali perto da estação vou continuar a acompanhar a recuperação. um beijo da
Margarida Rito

Anónimo disse...

Fui seu aluno. Estive envolvido na recuperação das estátuas de metal e para mim Queluz é especial. Agora está tudo a encarreirar. Veremos se não é para ficar a meio caminho. Abraço

M.A.