[sempre de acordo com a antiga ortografia]

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Outras músicas
(continuação)

A programação da Gulbenkian é um verdadeiro festival. Naturalmente, é impossível pormenorizar. Muito gostaria, no entanto, de apenas vos deixar os nomes de alguns dos mais famosos intérpretes para que, seguidamente, fossem pelos detalhes ao sítio da Fundação na internet. Ainda estão a tempo de seleccionar um conjunto de eventos que constituirão, não tenho dúvida, momentos altos da vossa vida nos próximos meses.

A orquestra e coro da casa serão dirigidos por maestros como Lawrence Foster, Cláudio Scimone, Michel Corboz, Simone Young, Michael Boder, Peter Ruzicka, Thomas Hengelbrock, Krzysztof Penderecki, Bertrand de Billy, Bernhard Klee. Nestes concertos colaborarão solistas de primeira linha tais como os pianistas Sequeira Costa, Elena Bashkirova, Artur Pizarro, violinistas Pinchas Zukerman, violoncelistas Kyril Zlotnikov, Amanda Forsyth, para além de um imenso conjunto de dezenas de estupendas vozes tão conhecidas como as do contratenor Carlos Mena, meio-soprano Angelika Kirchschlager.

No âmbito do ciclo de Piano, há que contar com Daniel Barenboim, Grigory Sokolov, Radu Lupu, Maurizio Pollini, Arcadi Volodos, Emmanuel Ax, uma verdadeira galeria de gigantes, absolutamente imperdível. No Canto, teremos Anne Sofie von Otter, Anna Caterina Antonacci, Christoph Prégardien, Matthias Goerne. No ciclo de Música de Câmara, o Trio Florestan, Seraphin Quartett Wien, Quarteto Hagen, Yo-Yo Ma e Katryn Stott, Quarteto Diotima, Quarteto ZehetMair e Quarteto Keller.

No ciclo de Música Antiga, a Academy of Ancient Music, Café Zimmermann, Andreas Staier, The Theater of Voices com o maestro Paul Hillier, The Amsterdam Baroque Orchestra com o maestro Ton Koopman, Europa Galante com o maestro Fábio Biondi e o tenor Ian Bostridge.

Haverá um ciclo de orquestras convidadas e em residência como a Sinfónica de Londres com o maestro Dir John Eliot Gardiner ou a Orquestra de Câmara da Europa com os maestros András Schiff e John Nelson, para além de um ciclo Stockhausen, outro de novos intérpretes e ainda o habitual com solistas da orquestra Gulbenkian.

Acreditem que este é apenas um aperitivo. Reparem que, tendo mencionado apenas alguns nomes, não referi uma única peça. Ao fazê-lo, reproduzo uma prática comum que parte do princípio de que gente deste gabarito só se junta a projectos do mais alto nível, ao serviço da grande música, reunindo à sua volta tudo quanto há de melhor.

Ao consultar o programa geral, vão surpreender-se com a altíssima qualidade das propostas que só na Gulbenkian é possível aceder. E, factor nada despiciendo, os preços dos bilhetes são extremamente convenientes. Na Avenida de Berna estarão como em qualquer dos melhores auditórios mundiais. Vão, vão por mim. Quem embarca numa coisa destas, depois, aguenta todos os outros desgostos

musicais...



1 comentário:

Rosário Seixas disse...

Lembro que, algumas vezes, o programa de certo recital é extraordinário e o público muito reduzido. Isto também significa que as pessoas acorrem ao que é mais conhecido e só os verdadeiros apreciadores vão sempre.

Rosário Seixas