[sempre de acordo com a antiga ortografia]

segunda-feira, 21 de setembro de 2009


Truncar & manipular


Não dou qualquer novidade ao considerar o nosso amigo Fernando Castelo como o mais interventor de todos os sintrenses leitores do sintradoavesso, algo que está bem patente nas suas quase quotidianas intervenções, contribuindo para alargar o leque de pontos de vista, exercendo o direito de cidadania, expressando com toda a liberdade aquilo que a Liberdade permite dizer e escrever às claras, sem subterfúgios, sem se acoitar a pseudónimos ou heterónimos.

Tal como eu, aproveita este meio de comunicação para, sistematicamente, fazer a sua intervenção cívica em Sintra que, aliás, se concretiza alargando-se a outros blogues da regiãoe também a determinados periódicos como, por exemplo, o Cidade Viva ou o Jornal de Sintra.


Acontece que, precisamente no último número do JS da passada 6ª feira, 18 do corrente, um artigo do Fernando Castelo saiu com alterações em relação ao original, de acordo com pormenores que o próprio autor me solicitou acolhesse neste blogue – o que faço com o maior gosto – nos termos do seu mail, que acabo de receber e passo a transcrever:


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Meu caro João Cachado,

Como já fui abordado por alguns amigos que estranharam o artigo publicado em meu nome no JORNAL DE SINTRA de 18 do corrente, venho abusar do seu blogue para um ESCLARECIMENTO:

A peça de Opinião enviada para o JS foi alterada e amputada sem meu conhecimento, apesar de o meu nome aparecer como o autor.

Aos estimados leitores, que muito respeito, as minhas desculpas, embora seja alheio ao sucedido.
Para um melhor enquadramento, explicitarei as mais relevantes alterações ao texto disponibilizado:


O TÍTULO DO MEU DOCUMENTO "MISTÉRIOS DA DEDICAÇÃO" foi alterado para "A construção em Vale dos Anjos gera polémica"

3º. PARÁGRAFO: escrevi "associação que anda por aí" - Foi substituído por "de Sintra". Tinha mais um período que foi eliminado "Até hoje, que terá feito para a defesa desse património Cultural?"

4. PARÁGRAFO: escrevi "Façamos o filme" - substituído por "Façamos o resumo"


NO ÚLTIMO PARÁGRAFO ESCREVI: "Espera-se que, desta vez, Paris nos devolva a resposta para tão grande mistério, ou seja, como é possível que, de tanta dedicação, tenha resultado tamanha ofensa ao Património Cultural de Sintra..." - Foi substituído por : "Espera-se que, desta vez, Paris nos responda". Tudo o mais foi eliminado.

Fico grato pela divulgação que, estou certo, ajudará a compreender o sucedido.

Com um abraço,

Fernando Castelo
(21.09.09)


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As palavras, para além de testemunharem uma enxuta e digna mágoa, são inequívocas. O original do texto que Fernando Castelo enviou para o Jornal de Sintra, foi objecto de intervenção que o descaracterizou ao ponto de se perder o principal objectivo do autor que, embora me não tenha passado procuração para o efeito, passo a esclarecer e, portanto, também a defender.

Vejamos. Em primeiro lugar o título. Ao propor o substantivo
grafado em itálico, FC pretendia que qualquer leitor, imediatamente, conotasse o termo com o da mensagem do Prof. Fernando Seara, da Coligação Mais Sintra que, como todos estão lembrados, joga forte na campanha publicitária Dedicação Total.

Quando o JS substitui MISTÉRIOS DA DEDICAÇÂO por “A construção em Vale dos Anjos gera polémica”, procede a uma total subversão. Aniquila o aludido propósito do autor e até gera confusão. É que, se bem lembrados estão, a polémica foi gerada, isso sim, quando, há cerca de um ano, eu próprio denunciei a situação – precisamente no JS – suscitando um movimento de opinião que atingiu outros órgãos de comunicação social, entre os quais o jornal Público que, logo se interessou pelo assunto, com foto a meia página.

No entanto, esta autêntica manipulação atinge o cúmulo da desfaçatez quando, no último parágrafo, e, a confirmar como não fora inocente a mexida no título, o JS se permitiu omitir tantas quantas são vinte e cinco importantes palavras que, intencionalmente, a fechar a peça, de novo apareciam a articular com a ideia da dedicação.

Mas que problema terá o JS com esta mensagem? Está visto que é com a Dedicação. De quem? Do actual presidente, pois claro. Pois é, tanto se dedicou que deixou escapar a tão volumosa, evidente e contundente construção de Vale dos Anjos, ou seja, a residência do Engº Pais do Amaral. É isto que lá está implícito? Pois é.

Claro que a direcção do JS interpreta isto na perfeição. Mas assim sendo, que motivo a determina ao escamoteamento da cívica contundência que o autor do texto pretendia propor? Deve ser por atingir o actual Presidente da Câmara e, simultaneamente, cabeça de lista da nova candidatura. Só pode ser.

Enfim, se julgo conhecer suficientemente o Prof. Fernando Seara, tenho a certeza de que, ao tomar conhecimento do caso, preferiria que o não tivesse concretizado uma atitude que o apouca, como se ele não tivesse arcaboiço para acolher e aguentar a ironia de alguém que ele bem conhece e, tanto quanto julgo saber, muito estima. A direcção do JS, como soe dizer-se, foi mais papista do que o Papa…


E, como se não bastasse, não ficou por aqui. O que se passou com a referência à associação que anda por aí também não deixa de ser sintomático. Que anda por aí, foi substituído por de Sintra. Se bem julgo entender, aquele andar por aí, na pena do Fernando Castelo, tinha uma inequívoca conotação pejorativa. Andar por aí é equivalente a um andar um tanto ou quanto à deriva, sem programa, sem objectivos bem definidos. Sintomática, igualmente, a supressão do último período do mesmo parágrafo, que põe em causa o próprio cerne da actividade da dita associação.

Como só houve uma associação que pode subscrever a atitude que Fernando Castelo refere, se o autor não a nomeia e admitindo que viesse a sentir-se atingida, apenas era suposto que reagiria à sua pronta conveniência. Tão simples como isto. O Fernando Castelo, que não é um desconhecido qualquer – e, mais uma vez repito, se bem julgo conhecê-lo – saberia defender o seu escrito em qualquer instância e circunstância.

Então, que alcance tem a atitude do JS? Receio de atingir, de algum modo, menos explícito, ou mais implícito, uma associação de Sintra? Mas o autor não tem direito a partilhar com os leitores do JS uma opinião responsável e subscrita?


Finalmente, para que não reste qualquer dúvida, parece-me importante devolver a todos os leitores, o texto de Fernando Castelo na íntegra. A vermelho, estão grafadas as palavras da lavra do JS. A azul, as que o JS se permitiu suprimir.

Aí têm um sintrense episódio que não deixa de constituir um sinal dos tempos. Infelizmente, não é particularmente dignificante de quem o protagoniza.



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[Texto assinado por Fernando Castelo, publicado no dia 18 do corrente, em que, devido às alterações introduzidas pela direcção do Jornal de Sintra, o autor não se revê]


MISTÉRIOS DA DEDICAÇÃO
[Construção em Vale dos Anjos gera polémica]

Está a fazer um ano que se iniciou aquela monstruosa construção em Vale dos Anjos, a coberto do Alvará nº. 405/2008, que teve a graça dos Projectos de Arquitectura e de Especialidade serem aprovados por Despacho do mesmo dia – 28 de Janeiro de 2008.

No local, em 21 de Outubro de 2008, um Aviso indicava 872,81 metros quadrados de Área de Construção. Dois dias depois, a Área foi drasticamente reduzida para 522,70 metros. Por uma qualquer magia, a área da garagem não foi contabilizada como “área coberta”, regra que habitualmente a Câmara aplica em qualquer moradia.


Dizia uma notícia da época que uma associação que anda por aí [de Sintra] esteve no local “a investigar o estado da obra”, condicionando a sua posição à “consulta ao registo predial de Sintra”. Até hoje, que terá feito para a defesa desse património Cultural?

Façamos o filme [o resumo]: - O Parque Natural Sintra Cascais autorizou o aproveitamento de ruínas agrícolas com base no Plano que definiu como reconstrução as obras “subsequentes à demolição total”. O Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade deu parecer favorável à reconstrução. A Câmara emitiu o Alvará.


Foram dirigidas cartas à Delegação da UNESCO em Lisboa e posteriormente à Sede em Paris, alertando para o atentado em marcha, sem qualquer resposta.


Em Outubro de 2008 o Ministério Público terá pedido o processo para averiguações.
Como publicamente não surgem esclarecimentos, somos levados a admitir que estamos perante uma situação complexa a exigir medidas adequadas à preservação da Paisagem Cultural onde a construção está inserida.


A obra continua e atinge proporções preocupantes, se compararmos a foto de satélite anterior às obras com as agora tiradas. Na primeira, ao cimo, vê-se um largo espaço até à Azinhaga de Vale dos Anjos, agora desaparecida porque a construção foi até esse limite com a amplitude que as outras duas fotos ajudam a perceber.

A situação merece que os cidadãos dediquem 10 minutos da sua vida e subam 100 metros da Azinhaga, onde encontrarão a mesma ladeada pela elevada empena de um imóvel onde dantes era o muro tradicional do local.

Continua o silêncio inacreditável sobre a construção em curso numa zona tão sensível como esta, que deveria ter merecido as maiores cautelas por parte da Câmara Municipal de Sintra e de outras entidades responsáveis pela zona protegida.


Voltámos a dar conhecimento da evolução da obra à UNESCO. Espera-se que, desta vez, Paris nos devolva a resposta para tão grande mistério, ou seja, como é possível que, de tanta dedicação, tenha resultado tamanha ofensa ao Património Cultural de Sintra... [responda].


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PS:

Relacionei-me com todos os directores do Jornal de Sintra, desde o Sr. Medina, à Maria Almira – a quem, todos sabem, me ligam laços familiares – até à Idalina Grácio. Posso afirmar que, no meu palmarés, se contam centenas de artigos, de índole cultural, mais especificamente, no âmbito da crítica musical, e de intervenção cívica, em centenas de páginas inteiras do jornal, que nunca foi propriamente pacífica…


Pois a verdade é que nunca tive conhecimento de qualquer problema semelhante ao que, neste momento, foi objecto o texto de um colaborador. E eu próprio, aliás, sempre recebi provas de apreço por parte dos sucessivos directores e pessoal da redacção, até ao advento de Idalina Grácio com quem, como é público e manifesto – até nas próprias páginas do JS – tenho tido alguns problemas de relação.

O JS não é um jornaleco qualquer. Tem um passado de setenta e cinco anos que é preciso comemorar, sim senhor, e honrar cada dia que passa, concretamente, com a maior transparência e independência, princípios que, na minha opinião, estiveram ausentes ou na sombra das decisões da direcção que trago à consideração de todos.


Este caso em que um texto de Fernando Castelo foi tão mal tratado, é grave. É tão lamentável que, por solidariedade e por respeito à liberdade de expressão, me leva a deixar de colaborar no JS enquanto Idalina Grácio se mantiver nas funções de directora. Em tempo oportuno, os leitores do JS serão informados desta minha atitude.




14 comentários:

Anónimo disse...

Inacreditável!Estamos em presença da asfixia democrática sintrense?A censura é só para quem exerce o direito a ter uma opinião?Aqueles que se servem, descaradamente, da comunicação social, criando uma situação gritante de desigualdade com outras candidaturas, são bem acolhidos, os outros não podem exprimir os seus sentimentos de revolta.O que é isto?
Margarida

Fernando Castelo disse...

Meu caro João Cachado,

Agradeço as suas palavras amigas.

Tenho meditado na sorte que poemas como A Morte Saíu à Rua, Vampiros, Venham Mais Cinco ou Tourada tiveram. O SNI do Palácio Foz não os conseguiu cortar a azul. Hoje esses poemas não sairiam à luz do dia, pelo menos se...

A virtude dos artigos de Opinião é que devem promover o debate das idéias. Isto é, o meu Amigo já manifestou uma análise, que pode divergir, nalguns pontos, com a minha.

Eu, na "Dedicação", por saber que pode ser entendida como "afecto extremo", "devoção" e "abnegação", quero envolver algo mais do que uma vulgar candidatura autárquica.

Refiro-me a um conjunto de de "dedicados" servidores...que muito mal servem.

Então a proibição de podermos aceder ao terreiro de Seteais não foi "dedicação"? Nem vale a pena perguntar a quê ou a quem.

Aquele tanque histórico de Seteais, que há dias filmei com barulho e fumo pela chaminé (peça que enviei para a UNESCO) não resulta da muita "dedicação"?

A abertura de uma via em Santa Eufémia, atravessando o santuário, com piso cimentado, sinalização, sentido de via, não é uma "dedicação"? Sabe o que a Câmara me respondeu?: Que não foi a Câmara e, para mais pormenores, contacte...a empresa que o fez.

E escreve-se para a UNESCO. E escreve-se para o Parque Natural ou para o ICN sobre isto tudo e sobre a ameaça de auto-caravanismo em zonas históricas. A "dedicação" é tanta que não respondem.

Vivemos, pois, na dependência de "dedicações" acumuladas, que em termos práticos não correspondem à qualidade exigida, antes estamos perante "GENÉRICOS" da gestão pública.

E temos "genéricos" repetidos, depois de estragarem o estômago dos munícipes com tanta doçaria em mau estado.

E se isto tudo não chegasse, ainda temos a intoxicação de que se dedicam a nós, coitados de nós que só temos preocupações, como se o passado nada tivesse a ver, porque isso sim, agora é que vai ser.

Cidadão do mundo, que várias vezes já atravessei, observador de culturas e de gentes, de histórias e da história, não me conformo com a mentira em que vivemos, com as ilusões que se criam, com os interesses encobertos que muitas vezes pululam por aí, como se fossemos parvos, ignorantes ou servis.

Calarmo-nos? Seria a nossa derrota.

Artur Sá disse...

Amigo Dr. João Cachado,

Parece que o Presidente da Câmara disse em Viseu que em Sintra não havia asfixia democrética. Na realidade...

Mesmo com todas as provas que o Dr. Cachado apresenta, leio e custa a acreditar. Ao que chegou o Jornal de Sintra. Agora pergunto: será caso único? O Jornal de Sintra faz coisas destas para não perder a publicidade que a Câmara lhe dá. Está visto que é um problema de dependência e não de independência. Estou chocado.
Imagino o que sente o Sr. Castelo. Mas pensao que assim fico desenganado pois o Jornal de Sintra mostrou o que é na verdade.
Artur Sá

Sintra do avesso disse...

Amigo Castelo,

Repare que, por vezes, uma pessoa é obrigada a calar. Não a voz mas o canal através do qual a sua voz chega aos destinatários. Na minha opinião, sob a direcção de Idalina Grácio, depois da manobra sobre o seu texto, o JS deixou de ser um canal fiável.

Por isso, enquanto essa senhora permanecer nas funções que ocupa (apenas me refiro à direcção, já que acumula com a administração) não voltarei a colaborar naquele periódico. Como calcula o meu amigo, faço-o com um grande desgosto. Depois do grande mal que Idalina Grácio se permitiu, fico-me pelo único grande «remédio» que está ao meu alcance.

Neste momento, não consigo esquecer que, também na minha qualidade de professor e de formador de professores em áreas afins das comunicação, cheguei a ser solicitado por colegas, no sentido de explicitar aos seus alunos, dos mais diversos níveis etários, os contornos e detalhes da minha colaboração no JS, algo que se transformava numa interessante questão de estudo.

Naturalmente, não deixarei de contactar esses professores no sentido de esclarecer o que aconteceu. É demasiado sintomático, até mesmo das circunstâncias em que se processa a comunicação na comunidade sintrense, para que esta matéria possa passar como se nada estivesse sucedendo.

No comentário precedente, Artur Sá afirma que está chocado mas que,devido ao acontecido, ficou desenganado quanto ao JS. Entendo muito bem mas não deixo de manifestar a maior pena. Mas, não merecendo a atitude de Idalina Grácio, os meus leitores fiéis não se surpreenderão com o silêncio que decidi impor-me na sequência de episódio tão triste.

Nestes termos, a solidariedade que lhe manifesto, a si, Fernando Castelo, igualmente contém esta vertente de respeito pelos destinatários das minhas palavras naquele jornal. Solidariedade, por um lado, respeito, por outro. Respeito que deve ler-se em relação à verdade inequívoca e ao princípio máximo da liberdade de expressão, sem qualquer manipulação.

Um abraço amigo do

João Cachado

Anónimo disse...

Realmente inacreditável...
tenho 36 anos, quase os anos do 25 de Abril.
Achei eu que estas coisas não aconteciam...
Agradeço os textos e o empenho de pessoas como João Cachado e Fernando Castelo na defesa dos verdadeiros interesses de Sintra e dos seus habitantes.
Continuem a vossa dedicação. Eu continuarei a procurar os seus textos.
Muito Obrigada
Anónima

Anónimo disse...

[AT:

O texto que se segue é uma transcrição de um mail que Nuno Barros me enviou e que, pela sua pertinência, aqui reproduzo. Aproveito para sugerir a visita frequente ao blogue do Nuno Barros.]



Caro João Cachado,

Não tenho o prazer de o conhecer pessoalmente, mas acompanho com alguma frequência o seu blog Sintra do Avesso, através do qual tomei conhecimento do sucedido com o artigo escrito pelo ilustre Fernando Castelo para o Jornal de Sintra.

No seguimento do que li, escrevi um artigo acerca do assunto no meu blog (http://nunobarros.wordpress.com) no qual, apesar de não ter solicitado anteriormente a sua autorização, menciono os factos descritos no seu blog e também coloquei alguns links para o mesmo.

Espero que não leve a mal a referência ao descrito no seu blog, mas não poderia deixar de o fazer, pois acho que também devo dar o meu pequeno contributo para denunciar o que vai mal pelos lados de Sintra.

Melhores cumprimentos.

Nuno Barros

Sintra do avesso disse...

Caro Nuno Barros,

Fico-lhe muito obrigado pelas referências ao sintradoavesso e porque, à sua medida, está ajudando a denunciar uma situação que não é, de modo algum, para ser encarada de ânimo leve. Trata-se de um sério atropelo ao direito de livre expressão que, no caso vertente, põe em causa a independência de um semanário com os pergaminhos do Jornal de Sintra.

Não somos muitos os que, em Sintra, com total independência e doa a quem doer, podemos fazer o que não pode deixar de ser feito, ou seja, a denúncia sistemática de casos que vamos tendo conhecimento inerentes a matéria que a comunidade deve conhecer e discutir. Por isso o saúdo como cúmplice de uma luta em que, tanto eu como o Fernando Castelo, estamos empenhados há muitos anos, tanto em Sintra como noutros enquadramentos.

As melhores saudações democráticas do

João Cachado

Assim se cimenta, também através dos blogues, o exercício da cidadania.

Suzana Peres disse...

Parabéns ao Dr Cachado e a Fernando Castelo. Estão a dar uma lição de grande civismo. Parece mentira como o Jornal de Sintra do Senhor Medina e de Maria Almira Medina está nesta situação tão degradada. Até parece coisa de antes do 25 de Abril.

Suzana Peres

Pedro Esteves disse...

Até agora a Av. Heliodoro Salgado era um esgoto incompleto. A direcção do Jornal de Sintra acabou de fazer o trabalho que faltava. A metáfora finalmente funciona...
Pedro Esteves

Raul Lima disse...

Este caso não surge de surpresa total. Quando o Dr. João Cachado escreveu sobre a maneira como a mesma senhora directora tratou o assunto da reabertura do hotel de Seteais, já lá estavam os ingredientes todos do cozinhado que ela agora preparou com o óptimo artigo de denúncia de Fernando Castelo sobre a residência da quinta do Vale dos Anjos. Aquela senhora como directora do Jornal de Sintra não melindra ninguém. Dou os parabens ao Dr João Cachado pela decisão de deixar de escrever no Jornal de Sintra. Embora tenha pena de deixar de ler os seus artigos. Com a sua posição crítica de sempre já funcionava como prova de que aquilo era um semanário aberto a todas as opiniões. Agora fica reduzido às festas e ao futebol das freguesias do concelho.
R. Lima

Anónimo disse...

Isto não se imagina que um director de jornal faça uma coisa destas. Ainda a acrescentar o facto de se tratar de uma pessoa tão conhecida como o Sr. Castelo que não ia ficar de braços cruzados. É uma vergonha e uma mancha para o Jornal de Sintra, uma ofensa à memória do fundador e a Maria Almira Medina.
Ester Sequeira

Sintra do avesso disse...

Amigos,

Acabei de receber de Nuno Barros, um mail do seguinte teor:

"(...) O texto do Sintra do Avesso (http://sintradoavesso.blogspot.com/2009/09/truncar-manipular-nao-dou-qualquer.html) sobre a “alteração” e “amputação” da coluna de opinião de Fernando Castelo no Jornal de Sintra, já “chegou” ao Cidadania Queluz (http://queluz.org/2009/09/asfixia-democratica-coluna-de-opiniao-no-jornal-de-sintra-foi-alterada-e-amputada-diz-fernando-castelo/)(...)".

Claro que todos ficamos gratos pela maior difusão possível deste episódio tão triste. Volto a insistir: não é coisa ligeira, é mesmo uma manobra torpe, desajeitada, que põe em causa o próprio exercício da liberdade de expressão.

Por favor, a todos solicitamos a maior divulgação possível e que manifestem o repúdio da atitude à própria direcção do Jornal de Sintra.

João Cachado

Anónimo disse...

"(...) O texto do Sintra do Avesso (http://sintradoavesso.blogspot.com/2009/09/truncar-manipular-nao-dou-qualquer.html) sobre a “alteração” e “amputação” da coluna de opinião de Fernando Castelo no Jornal de Sintra, já “chegou” ao Cidadania Queluz (http://queluz.org/2009/09/asfixia-democratica-coluna-de-opiniao-no-jornal-de-sintra-foi-alterada-e-amputada-diz-fernando-castelo/)e a muito mais lol: SIC RTP TVI Diário de Noticias, Correio da Manha entre outros. etc(...)". Isto e grave, mas tem que ser sabido!

Anónimo disse...

Tudo isto é verdade! Têm vindo a acontecer tragédias que a hábil manipulação dos meios de comunicação, silencia! Porque razão o nosso João Rodil foi afastado do Jornal de Sintra? Porque razão o administrador da Regaleira, um péssimo gestor de património, por lá continua? E tantas outras tragédias que o sr. Fernando Seara até já devia ter resolvido sem dramas e não o faz. Há medo de se chamarem os bois pelos nomes?