Retomo o artigo A Bancarrota? Se calhar..., aqui publicado no dia 25 de Abril que, como terão verificado, não poderia ter sido mais premonitório. Mesmo não sendo economista nem jamais ter investido na bolsa, houve quem me dissesse que, só por horas, não acertei na mouche.
De qualquer modo, não assumo quaisquer capacidades divinatórias nem proféticas e, neste última acepção, muito menos de profeta da desgraça. Se bem se lembram, escrevia eu que andava num desassossego desgraçado, prevendo que uma segunda-feira, mais ou menos próxima, acordaríamos para o pesadelo da iminente bancarrota. E, sem grande margem para erro, desenhei a estratégia dos habituais predadores.
Pois eles continuam por aí, por tal se entendendo não só os que estão sediados na outra margem do Atlântico mas também os seus agentes ,nas praças fortes do centro da Europa, em Frankfurt e Milão. Continuam e de que maneira! Aliás se bem se derem ao trabalho de ir acompanhando as vozes que nos vão chegando, terão reparado que já avisaram: apesar de muito sérios, os casos da Grécia e de Portugal são muito menos preocupantes do que o de Espanha...
Como se depreende, trabalho não lhes falta. As peças de caça, os famosos pigs,* quais acossados javalis, tentam escapar, pedem auxílio desesperado aos coitos do costume. Todavia, um deles – o que, precisamente, dá aquele p inicial à sigla de fama tão má – cada vez mais, se põe a jeito do definitivo golpe.
De facto, não se percebe. Ou, pelo menos, eu não consigo perceber. Como se ainda fosse necessário, demonstrou-se à evidência como é angustiante a situação financeira do país. Incapaz de produzir a riqueza bastante e, para satisfazer os compromissos decorrentes do serviço da dívida, já não tendo outro remédio senão o recurso sistemático a créditos alcavalados dos juros elevadíssimos impostos pelas impiedosas agências de rating, Portugal aí está, irremediavelmente à mercê de todos os ataques.
A exemplo dos mais desgraçados devedores, está o país a pedir emprestado para pagar o que pediu emprestado… É a incontornável, a menos desejável espiral que cerceia os horizontes e compromete o futuro das gerações que nos seguem. Pois nada disto parece impressionar os governantes que temos, incapazes de cobrarem à banca o que, cheios de fanfarronada, impõem aos cidadãos indefesos. Nada disto parece impressionar um governo incompetente, sem a mínima táctica para o enquadramento da economia paralela que, totalmente, foge ao controlo do Estado.
Com base no que afirmara o Ministro das Finanças, ainda ousámos esperar que, finalmente, se suspenderia a falsa estratégia desenvolvimentista sustentada nas desconformes obras públicas. Ou seja, as auto-estradas que ficam desertas, o aeroporto que iria substituir o da Portela que está muito longe da saturação e que pode funcionar em articulação com o Montijo (para as low cost), o tgv até Madrid, que jamais produzirá qualquer rendimento directo…
Houvesse disponibilidade financeira, e facilmente daria de mão que tais obras até poderiam ser equacionadas. Mas, a realidade é totalmente oposta. Não temos para mandar cantar o cego. Pois, ainda assim, pela boca do inefável Ministro das Obras Públicas, ficámos a saber que, afinal, o monstro de treze mil milhões de Euros irá mesmo para a frente…
Tanta estupidez! Tanta falta de lucidez! Perante a ignorância institucionalizada, ao mais alto nível, não só estamos diante da mais desentranhada e suicida estratégia mas também daquilo que designaria como bancarrota dois, o descalabro, o verdadeiro desgoverno, a cegueira irracional que os poderes constitucionais parecem incapazes de suster.
Ainda há quem se admire com a emigração dos jovens de trinta e quarenta anos, partindo de armas e bagagens, abandonando esta proverbial piolheira da cultura do desleixo. Há séculos que assim é. Partem, sempre partiram os melhores de nós. O melhor que fizemos, fizemo-lo lá por fora, surpreendendo o mundo com uma capacidade que, aqui, dentro de fronteiras, não somos capazes de impor aos medíocres.
Será este o tal luso fado?
PS:
Com o futuro assim comprometido, não admira as peregrinações a Fátima, em ano de visita papal, ou a Santiago de Compostela em ano Jacobeu. De facto, se não nos valem os santos da corte celeste, acabamos mesmo muito mal…
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* No sintradoavesso, referi-me aos designados pigs, pela primeira vez, em 6 de Janeiro de 2010, no texto intitulado Sócrates + Seara=desânimo
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Saudação a Fátima Campos
No dia em que há eleições para a Concelhia de Sintra do PS, não queria deixar passar a oportunidade para manifestar a Fátima Campos o meu mais sincero desejo de que a lista que lidera saia vitoriosa. É uma oportunidade histórica de derrotar, democraticamente, uma facção aparelhista que, durante tantos anos, já teve oportunidade de mostrar o que vale e como vale.
Um abraço a Fátima Campos e que alcance o seu objectivo!
Não tenho a menor dúvida de que todos ganharíamos com ela, mesmo os que, independentes de esquerda como eu, sabem como é importante a genuinidade de propósitos e bonita a luta por ideais, ainda que, corajosamente, contra as posições mais instaladas do seu próprio partido.
15 comentários:
Amigo Cachado,
Totalmente de acordo consigo. O meu amigo "tira as palavras da boca" às pessoas. É tal e qual. Quando escreve estas coisas não lhe aparece uns mails na caixa do correio com a propaganda do PS e do governo? Eu recebo umas mensagens com óculos côr-de-rosa e exemplos a enganar com fábricas bestiais e uns produtos formidáveis, tudo made in Portugal sem entenderem que são as excepções que confirmam a regra...
Infelizmente.
Abraço
Malheiro Campos
Já ouço pessoas a sugerir que se retire o dinheiro dos bancos Portugueses e que se abram contas em bancos alemães a operar em Portugal. Que assim estará seguro... O cenário de uma possível bancarrota começa a assustar algumas pessoas. Se esta "onda" de medo se propaga, o que será da nossa pobre economia? Vamos descapitalizar o país?
Será que somos governados por, peço desculpa pela expressão, débeis mentais? Como se podem gastar milhares de milhões em obras megalómanas quando estamos como estamos? É para dar que ganhar ás empresas de construção que são quase sempre as mesmas (a mesma)?
Como podem pedir sacrifícios ao povo quando se gasta tanto em obras de fachada?
Não se pode fazer nada contra isto?
Ainda vamos ver que mesmo que não sejam as pessoas a emigrar, vai haver muitas a fazer emigrar o seu dinheiro...
Acho óptimo que o João Cachado tenha esta atitude pública de saudação a Fátima Campos, uma pessoa com quem teve questões de desentendimento público nos jornais e tudo o mais. Caso por exemplo das linhas de alta tensão. Assim é que se demonstra independência. Parabéns. O Rui Pereira já teve o seu tempo. Basta!
Caro João,
O Presidente da República ainda pode fazer alguma coisa.
A própria AR também.
Ainda não é caso para desesperar embora a situação seja péssima.
O governo não tem outro remédio senão recuar.
Castro Lopes
Não consigo compreender a insistência. Talvez o PR. Soube que o CDS teve uma iniciativa de chamar o assunto novamente à AR. Talvez.
Pedro Faia
O Sr.Cachado fala de "facção aparelhista" com um tal à-vontade que até impressiona!... Trata-se de insulto gratuito ou de informação distorcida? O Sr. conhece as pessoas que integraram a lista vencedora, os seus méritos e deméritos, para ter o desplante de "catalogar" dessa forma todo um conjunto de militantes do PS em Sintra?! Sabe, Sr. Cachado, nem tudo o que se diz é verdade e se calhar aqueles a quem o Sr. veio aqui aplaudir são os verdadeiros "aparelhistas", no sentido de pessoas com cargos, de pessoas com poder, de pessoas que estão agarradas a tudo isso porque de outra forma algumas delas não teriam "emprego", sabe? Ainda bem que são os militantes do PS, DEMOCRATICAMENTE, a eleger os seus dirigentes e não o preconceito ou a arrogância de alguns, sobretudo daqueles que se gabam de ser "independentes" mas adoram meter o bedelho onde não são chamados e catalogar quem não conhecem com os maiores dislates. Cumprimentos e espero que esteja melhor do fígado.
A independência que reclamo e que me é reconhecida, permite adjectivar e classificar as atitudes partidárias seja qual for o seu enquadramento. Era o que faltava se assim não sucedesse! Com isto, porém, não se entenda reclamar eu qualquer estatuto de sobrevalorização da condição de cidadão independente
Este episódio de desafio à minha saudação a Fátima Campos, no particular aspecto da independência, é manifestamente infeliz e desadequado. E tanto assim é que não tem em consideração um pormenor nada dispiciendo, relacionado com uma circunstância alheia ao caso. Recordaria que, embora discordando da luta que Fátima Campos tem protagonizado na defesa dos interesses dos fregueses de Monte Abraão, acerca das linhas de alta tensão - que acabou por suscitar um diferendo público entre mim e a Presidente da Junta de Freguesia - não posso deixar de lhe reconhecer e saudar aquilo que qualquer bem intencionado observador será levado a avaliar, ou seja, a convicção, a firmeza e limpeza de propósitos, a coragem de conduzir uma luta por uma razão que considera assistir-lhe mesmo que, para o efeitio, tenha de se opor ao membro do governo espaldado pelo partido de que ambos são militantes. Se, num país em que todos se acomodam, esta atitude de Fátima Campos não é relevante...
Naturalmente, sentiu-se atingido quem não tem outro remédio senão assumir o carácter «aparelhista» daquilo que, inequivocamente, aponta para essa moldura comportamental. O que conheço e reconheço é público e patente, através de «receitas» requentadas, incapazes de acrescentar qualquer ponta de enriquecimento à coisa pública.
Cumpre assinalar que me limitei a opinar. Digna e responsavelmente, subscrevi. Todavia,
não deixa de ser interessante e sintomático que a expressão de uma opinião - no caso vertente, a minha - tivesse sido entendida como meter o bedelho onde não é chamado... Como se, no caso em apreço, meter o bedelho fosse apenas privilégio ou vantagem dos militantes do PS de Sintra, sabendo-se que uma sua expressiva percentagem até comigo concordará... Se bem entendem, não fiz nem faço acusações contra quem quer que seja mas, isso sim, aproveito o ensejo para enaltecer a atitude de alguém que considero dignificar a actuação política partidária a nível local.
Quem se acobertou à sempre criticável mas cómoda posição concedida pelo execrável anonimato, desconhece que tenho um fígado em excelente forma. Feliz e nomeadamente, não tem a mais pequena pedra para tirar nem para atirar. E, neste contexto das secreções fisiológicas, pode ficar ciente de que não concedo à bilis sequer o incómodo de se rebelar contra incentivo tão pouco estimulante como o da mensagem à qual me dou ao trabalho de ripostar. Todavia, acabo por fazê-lo na medida em que, mais uma vez, me dá suplementar oportunidade de, publicamente, reforçar o apreço por quem se posicionou contra o que considero «aparelhismo» militante e não militância partidária.
João Cachado
O Sr. Cachado repete que "não faz acusações contra ninguém". E no entanto continua a rotular de "aparelhistas" os membros da lista vencedora das eleições para a Concelhia do PS... Que grande contradição... Sabe que a sua amiga (e tantas vezes por si elogiada) Margarida Paulos, integra essa lista? "Aparelhista"? Sabe que o deputado Municipal António Luís Lopes, tantas e tantas vezes abertamente crítico de muitas posições do PS local e nacional, escrevendo o que pensa no seu blogue Vivo em Sintra, integra essa lista? "Aparelhista"? Sabe que TODOS os Presidentes de Junta do PS em Sintra (com excepção da candidata FC) apoiaram essa lista? Todos "aparelhistas"? É tão fácil rotular os outros e embarcar em lugares comuns, não é, Sr.Cachado? Na lista B, na lista derrotada através do voto democrático expresso pelos militantes do PS em Sintra, o Sr. encontra pessoas que, nos últimos anos, apoiaram sem qualquer reserva os mandatos da Drª Edite Estrela, estiveram em cargos de presidente de Junta, vereadores, assessores, etc. Ainda mais: apoiaram a anterior candidatura do Rui Pereira e integraram o Secretariado da Concelhia do PS em Sintra, logo participaram na gestão do partido e nas propostas apresentadas. E continuaram a integrar listas e a ser eleitos, como é o caso do vereador Eduardo Quinta Nova, da ex-vereadora Susana Ramos, da deputada europeia e vereadora Ana Gomes, etc, etc. E os "aparelhistas" são os outros?! Os que não são vereadores, não são deputados, não são administradores de nada, nem directores de nada, nem assessores de ninguém? Repito, Sr. Cachado: o senhor conhece, verdadeiramente, as pessoas que aceitaram integrar a lista vencedora, a lista A? Ou prefere ficar pelo lugar-comum e pela ilusão de que se alguém, de quando em vez, vem para a praça pública dizer mal do PS, esse, sim, é que merece respeito e é "coerente"? Só que muitas dessas pessoas que mandam umas "bocas" giras contra o partido nos jornais amigos e nas televisões ávidas de sangue, são depois os que não largam nem por nada os "tachos" (muitos deles bem remunerados) que alcançaram precisamente através do partido e enquanto figuras desse mesmo partido! Já pensou a sério nisso, Sr. Cachado? Ou vai preferir continuar a colocar rótulos em quem não conhece e a elogiar gratuitamente quem só "aparentemente" acha que conhece? Pense nisso. Obrigado.
Caro Dr. Cachado,
A «bancarrota dois» é o desastre de todos os tempos em Portugal e significa a falta de capacidade dos políticos para estarem ao nível do que o país precisa.
Mas agora está pior do que nunca e não se prevê onde vamos parar. Hoje estão a emigrar
mais pessoas do que nos anos sessenta. Por isso é que
quem está mal vai saindo do país
e não luta nas ruas como vimos ontem na Grécia.
PS:
O Dr. Cachado está a dar de bandeja o espaço do blogue servindo de mensajeiro dos aparelhistas para os outros.
Está bem visível nos dois comentários anónimos que os do PS de Sintra estimam-se muito uns aos outros... Não perca tempo.
Rui Rodrigues
Parece que o Sr. Rui Rodrigues também distingue entre "aparelhistas" e "outros" (calculo que os "bons", claro...) no PS em Sintra. Será que o cavalheiro conhece bem todas as pessoas a quem depreciativamente rotula de "aparelhistas"? E já agora, em que baseia a sua "apreciação"? Só para o sossegar: aqui ninguém está a "dar recados" a ninguém, mas tão só a rejeitar que qualquer um se ache no direito de rotular ou insultar sem ter a devida resposta. Sou militante do PS em Sintra, trabalho na minha profissão que nada tem a ver com política há muitos e bons anos, o tempo que dou a tarefas do partido sai do meu tempo livre e é de borla. Por apoiar a Lista A também sou "aparelhista"?? E "os outros", os "bons", serão aqueles que detêm cargos de vereadores, de deputados no Parlamento Europeu, de assessores, de Presidentes de Institutos, etc?? Essa realmente é boa! Já chega de rótulos sem sentido e onde qualquer um se sente no direito de catalogar quem nem sequer conhece! Como não percebo nada de música clássica abstenho-me de vir para aqui armar ao pingarelho e certamente levaria (e justamente) rótulo de ignorante do Sr. Cachado; por que carga de água há tanta gente que NADA conhece do que se passa no PS em Sintra a querer seleccionar ou apontar quem é "bom" ou "mau", exibindo uma profunda ignorância da realidade e proferindo dislates baseados no mais rasteiro lugar-comum? Cumprimentos.
Pobre Cachado, falas, falas, falas mas ninguém te liga nenhuma.
Continua a falar para o teu umbigo.
Força Cachado. O povo está contigo!
Coitada da Tia Edite que te teve de te aturar. Pena é que o Seara não te tenha arranjado um tachito.
Já que erm tão amiginhos, que lindas conversas tinham nas reuniões de câmara, porque não te arranja um emprego???? Sugiro por exemplo que te coloque a abrir a porta do cemitério do Alto do Chão Frio. Até fica perto e casa. Podes ir a casa almoçar.
Abraços. Lá nos veremos no Sintra Festival e lá nos cumprimentaremos com um largo sorriso. É da vida.
A cegueira e a estupidez continuam apesar de o Sócrates ter adiado duas asneiras mas continuando com o TGV. Há algumas espécies de cegueira que têm cura. Quanto à outra é impossível.
Tenho pena de ter ignorado,nos últimos dias,este post do meu amigo João Cachado, sobre a candidatura da Fátima Campos,à Concelhia de Sintra,pois não imaginei que os comentários a esse propósito, chegassem ao ponto a que chegaram;no dia em que o João,publicou o seu apoio à Fátima, ainda pensei em dizer-lhe que eu,sua admiradora e amiga, estava na lista concorrente à dela mas não me pareceu relevante, já que, em nada pretendia influenciar a expressão da sua opinião:o João conhece as minhas posições e opiniões e poderá ter ficado surpreendido com este facto e eu não tive tempo para lhe explicar porque estava na lista do Rui Pereira;não sou aparelhista mas sou socialista, daquelas que nunca tem vergonha de o ser e se alguma vez se sente menos confortável, com acções ou tomadas de posição dos dirigentes, o partilha no seio do partido ou só com amigos muito especiais,cuja discrição e consideração muito preza;sou daquelas que continua a achar que a hora em Sintra, é de união e não de divisão,pois das nossas diferenças e conflitos, só um lado aproveita e desse estamos tão fartos, que só unidos e fortalecidos, poderemos almejar,livrar-nos um dia;não entendo a necessidade do «protesto» gratuito,inconsequente, sem alternativas, nem aquele que só existe, porque não se gosta das caras que o protagonizam e apenas pretende substitui-las.Apesar das muitas críticas que fui fazendo ao Rui Pereira ,ao longo dos anos, estou com ele, pelo capital de conhecimento, experiência e argumentação política que, perdoe-me a Fátima, não se lhe compara;estou na lista do Rui Pereira,porque a lista não é só de uma pessoa, é de um grande número de militantes,com os quais me revejo na luta partidária;na lista da Fátima também tenho muitos amigos, camaradas que muito prezo e admiro, desde a própria Fátima que sempre admirei, à Drª Ana Gomes, ao Dr Edmundo Martinho, à Emília, à Piedade, entre muitos outros.
Por tudo isto, peço-vos, acabem com estes comentários, aceitem as opiniões dos outros, é este o meu partido, o da pluralidade de opiniões,do respeito pelos outros, da recusa dos ataques pessoais,do respeito pela diferença;o importante é a congregação de esforços de todos e não o protagonismo de alguns.O importante é fazer crescer o PS,como única força capaz de governar Sintra, o importante é acreditarmos na nossa força e não naquilo que, pessoalmente, frequentemente nos divide.Vamos trabalhar por Sintra, em conjunto, todos somos PS.
É esta a opinião da Margarida Paulos, a quem o Anónimo, lamentavelmente,quis referir-se como exemplo.
Margarida Paulos
Margarida Paulos,
Minha boa amiga,
Compreendo perfeitamente a sua posição. E, como respeito imenso a limpeza e linearidade dos seus propósitos, julgo entender, sem qualquer margem para dúvidas, o alcance da decisão de integrar uma lista pela qual - independente de esquerda que sou, e tão a leste do que se passa na concelhia de qualquer partido - não sabia ter optado.
Ao fazer a saudação que fiz à Fátima Campos, terei feito um agravo a outros. Mas o que quer a minha amiga? Sou assim e, ao contrário do que algumas pessoas julgarão, jogo na frontalidade, não gosto de meias tintas. Para mim, preto é preto e branco é branco...
Ao contrário do que dizia a minha avó Carolina, de tão saudosa memória, repetindo o conhecido aforismo "viver não custa, o que custa é saber viver", cujas consequências de assunção à letra resultam na hipocrisia dos viveres sociais, eu decidi que o melhor é «não saber viver», com todos os riscos decorrentes... Por isso, e por exemplo, não tenho enquadramento partidário o que, sobremaneira, me facilita atitudes e posições.
Quanto a si, Margarida, o que me interessa, é a boa pessoa que a minha amiga é. E mais nada, acredite. Por isso, quero muito o seu bem estar. Se, em consciência, a boa pessoa que a Margarida é, decidiu o que decidiu, pois tudo bem, desde que se sinta bem com a resolução.
Finalmente, embora nada tenha com isso, faço votos no sentido de que os seus camaradas leiam e acolham as palavras que, através deste blogue, a minha amiga lhes dirige.
Um beijo, com amizade,
João Cachado
Cara Srª Professora Margarida Paulos, o "anónimo" que referiu o seu nome não teve outra intenção que não fosse a de demonstrar ao Sr. Cachado que havia gente na lista A que não podia, nem devia, ser rotulada de "aparelhista", como creio ser o seu caso. A expressão "lamentavelmente" com que rotula essa simples indicação nem é justificável, nem é compreensível, mas, enfim, cada qual sabe as linhas com que se cose. Podia igualmente tecer alguns comentários sobre quem é que tem agido correctamente antes, durante e depois das eleições internas, quem é que quer trabalhar em prol de todos os militantes ou tudo deita abaixo para fazer brilhar o próprio protagonismo, etc e tal, mas não vale a pena, o tempo tudo há-de demonstrar. Deixo apenas um conselho amigo à Srª Professora Margarida Paulos, há momentos na vida em que temos que decidir se queremos estar bem com Deus ou com o Diabo e deixarmo-nos de paninhos quentes. E é só. Muito obrigado.
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